segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DIA DO PROFESSOR

No Dia do Professor, o que há para se comemorar?

Por Roberto José da Silva

No país onde impera a canalhice, a ladroagem, onde os pulhas se protegem atrás de gravatas e discursos mentirosos, os professores são maltratados, recebem salário de fome, são esmagados como sub-classe social, numa estratégia de horror onde o meio e o fim é manter a ninguenzada como autômatos que não conseguem pensar e enxergar o esbulho constante, a manutenção da escravatura disfarçada, o fosso abismal entre os que nem sabem onde gastar e os que precisam do esmolê público para sobreviver como bichos. Escroto é um país onde a mais nobre das profissões é assim tratada. Os missionários da luz do conhecimento, que há tão pouco tempo entravam em nossas vidas para sempre, agora correm riscos de agressão dentro das salas de aula e são espancados toda vez que recebem o contracheque com as migalhas mensais. A dedicação da maioria que não desistiu deste circo do horror deveria servir como tapa na cara dos hipócritas que contabilizam números e fazem questão de não enxergar o óbvio, porque não convém. São lembrados em tempos como o de agora, de campanha. Mas… e depois? O país forma milhões de analfabetos funcionais todo ano e a balela é divulgar o objetivo de se distribuir engenhocas da informática – talvez se pressupondo que a tela fria de acesso global vá substituir alguém de carne, osso, alma, coração, amor e dedicação ao ensino.


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