domingo, 28 de outubro de 2012

ROBERT PLANT, AMÉM

 Por  Roberto José da Silva


Aconteceu! O raro momento de magia e êxtase que marca para sempre. Não era Robert Plant do Led Zeppellin que estava no palco do Guaíra. Era muito mais. A voz de uma das maiores bandas da história do rock foi apenas o fio condutor para o passado, o presente, o futuro, o sonho, a conversa com Deus que a música proporciona. 
Como numa viagem lisérgica que poderia ser traduzida no desenho do cartaz pendurado no fundo do palco, só não viajou pelo blues, rock, músicas árabe e africana quem estava estava apenas com o corpo presente ao teatro – não com o coração aberto para uma celebração. Ali, um senhor com poucos anos a menos que o artista voltou a ser adolescente, pegou o ônibus no subúrbio, dinheiro contado no bolso, e foi à praça da Sé, em São Paulo, comprar novamente o primeiro disco vinil da vida, o ZEP II, que carrega como aquela chave que só a arte nos proporciona para abrir os caminhos da percepção. Ali. novamente teve a certeza de que, apesar dos pesares, a vida é uma experiência única e emocionante. E ficou imaginando o quanto alguém como um dos seus ídolos e os músicos devem se sentir gratificados por proporcionar tanto. E vice-versa. Amém. 




Robert Plant e a The Sensational Space Shifters (Justin Adams e Liam Tyson nas guitarra,  John Baggott no teclado; Billy Fuller no baixo, Dave Smith na bateria e Juldeh Camara cordas) no Teatro Guaíra

Fotos de Roberto José da Silva

FONTE:  http://jornale.com.br/zebeto/2012/10/28/para-nunca-esquecer-1597/

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