Feliz 2010 para todos nós.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
WILLIAM BOUGUEREAU
William-Adolphe Bouguereau(La Rochelle, 30 de Novembro de 1825 — La Rochelle, 19 de Agosto de 1905) foi um pintor acadêmico francês.Tradicionalista, despretensioso e modesto, tornou-se um conceituado artista do século XIX e foi um membro de liderança do Instituto da França e presidente da Sociedade de Pintores, Escultores e Gravadores.A sua reputação como pintor de temas mitológicos não faz justiça ao pintor de ternas mães, crianças e jovens raparigas. A maior parte destas obras foram pintadas na sua terra natal, La Rochelle, no jardim do seu estúdio, em um estilo realista quase fotográfico que se tornou um sucesso entre os colecionadores de seu tempo, embora modernamente tenha sido relativamente esquecido pela celebridade dos impressionistas seus contemporâneos.Nasceu em uma família de comerciantes de vinho e óleo de oliva, e parecia destinado a seguir os passos de seus ancestrais se não fosse a intervenção de seu tio Eugène, que lhe apresentou a cultura clássica e bíblica e arranjou que ele fosse encaminhado a uma escola superior. Bouguereau desde cedo mostrou possuir um talento incomum, e um cliente de seu pai instou com ele para mandar o jovem aprender na École des Beaux-Arts de Bordeaux, onde recebeu o primeiro prêmio em pintura de figura por uma representação de São Roque. Para sobreviver desenhava rótulos para gêneros alimentícios.Através de seu tio, que era um cura, recebeu uma encomenda para pintar retratos dos paroquianos, e com a renda dos trabalhos mais a ajuda de sua tia pôde se dirigir a Paris e freqüentar a École des Beaux-Arts parisiense. Para se aprimorar no desenho anatômico assistia a dissecções, e estudava história e arqueologia. François-Edouard Picot o recebeu como discípulo e com ele Bouguereau se aperfeiçoou no estilo acadêmico, que enfatizava a pintura histórica e mitológica, dominadas pelo artista a ponto de vencer a disputa para o Prêmio de Roma de 1850, com sua obra Zenóbia encontrada por pastores nas margens do Araxe.
Estabelecendo-se na Villa Medici de Roma, pôde estudar diretamente e com grande proveito os mestres do Renascimento, sentindo grande atração pelo trabalho de Rafael. Já seus primeiros críticos aplaudiam sua mestria no desenho, a feliz composição das figuras e a afortunada filiação a Rafael, de quem diziam que tampouco ele fora original, por ter aprendido tudo dos antigos. Feliz com esta apreciação compreensiva, e tendo sido bem sucedido no cumprimento de uma das cláusulas de sua pensão, que exigia uma cópia de Rafael, adotou o mesmo tipo clássico de composição em muitas obras de sua longa carreira.Em 1856 casou-se com Marie-Nelly Monchablon, e com ela teve cinco filhos. Nesta década estabeleceu fortes laços com Paul Durand-Ruel e outros marchands. Os Salões recebiam em média 300 mil visitantes por ano, o que os constituía em importantíssima vitrine para exposição de novos talentos e um trampolim para sua inserção no mercado, e eram muito freqüentados por colecionadores. Suas obras tinham boa aceitação e logo sua fama se expandiu para a Inglaterra, possibilitando-lhe em 1860 adquirir uma grande casa com atelier em Montparnasse.
Bouguereau era um ferrenho tradicionalista, cujo estilo de grande verossimilhança trouxe nova vida tanto para temas clássicos pagãos como para os cristãos. Criou em suas pinturas um mundo utópico, cheio de ninfas, pastores e madonnas. Seus camponeses eram sempre representados impecavelmente limpos, belos e bem vestidos, numa idealização perfeitamente aceitável para boa parte do público e dos conhecedores. Entretanto, outros preferiam a honestidade de Jean-François Millet e seus camponeses mostrados mais de acordo com os fatos.Seu método de trabalho estava de acordo com a temática e simbologia classicista que adotara, realizando inúmeros esboços preparatórios com tinta e estudos em desenho, numa construção minuciosa e laboriosa de todas as figuras e fundos. A impressionante suavidade de textura na descrição pictórica da pele humana e a delicadeza de formas e gestos que obtinha nas mãos, pés e faces eram especialmente admiradas. O mesmo com sua habilidade de se adaptar à decoração pré-existente das residências, igrejas e edifícios públicos para onde realizava obras complementares, recebendo por isso grande quantidade de encomendas. Sua fama crescia sem cessar, e logo recebeu as honras da Academia, tornando-se membro vitalício em 1876, e em 1885 foi condecorado Comandante da Legião de Honra. Sua carreira como professor começou em 1875 na Academia Julian, e usou de sua influência para abrir as portas de diversas instituições artísticas às mulheres, incluindo a Academia.Em 1896, com 71 anos, desposou uma estudante de arte norte-americana, Elizabeth Gardner, cujas pinturas mostram claramente a forte influência do seu mestre.
Perto do fim da vida expressou seu amor à arte: "A cada dia entro em meu estúdio cheio de alegria; à noite, quando a escuridão me obriga a deixá-lo, mal posso esperar pelo dia seguinte. Se eu não pudesse me devotar à minha amada pintura eu seria um pobre coitado". Com tamanha dedicação desenvolveu uma carreira extraordinariamente prolífica, deixando oitocentas e vinte e seis obras. Faleceu com oitenta anos, de um mal cardíaco.Quando vivo Bouguereau era considerado um dos maiores pintores do mundo pelos acadêmicos, com suas obras atingindo elevados preços, mas ao mesmo tempo era criticado pelos vanguardistas. Sua trajetória foi praticamente uma ascensão contínua, com poucos momentos negativos. Para muitos ele epitomizava a tradição, o bom gosto e o refinamento. Mas Degas e seus companheiros costumavam chamar ironicamente de Bougueresco estilos artificiosos semelhantes ao seu, mesmo que tenham reconhecido que ele deveria no futuro ser lembrado como o maior dos pintores franceses do século XIX. Esta asserção, contudo, foi interpretada por Fred Ross, diretor do Art Renewal Center, como também uma ironia e uma alusão ao possível gosto duvidoso dos pósteros. Os colecionadores norteamericanos o tinham como o melhor pintor francês de seu tempo, e era altamente aprecido também na Holanda e Espanha, mas depois de 1920 seu prestígio começou a declinar até desaparecer, em parte por sua firme oposição aos impressionistas. Ao longo de décadas seu nome sequer constou em enciclopédias de arte.Sua reabilitação começou em 1974, quando timidamente foi montada uma exposição no New York Cultural Center, apenas a título de curiosidade histórica. Na década seguinte a Borghi Gallery expôs 23 pinturas e um desenho, e no mesmo ano sua produção recebeu uma grande mostra que itinerou pelo Petit Palais, em Paris, o Wadsworth Atheneum em Hartford, e encerrando no Museu de Belas Artes de Montreal, no Canadá. Hoje seus trabalhos estão expostos em grandes museus de várias partes do mundo. Sua posição na história da arte é apreciada modernamente de forma muito diversa do período em que sofreu descrédito por parte dos modernos.
Fred Ross assim o declara:
"As ideologias modernistas adoram dizer que Bouguereau foi irrelevante para o seu tempo porque ele não era um dos impressionistas que estavam abrindo o caminho para o expressionismo abstrato. Nada poderia estar mais longe da verdade. Filho das revoluções francesa e americana como era, Bouguereau, junto com muitos outros artistas e escritores daquele momento, acreditaram nas inovações da filosofia iluministas: Democracia, Direitos dos homens, 'Liberté, Egalité, Fraternité'. Não só não é verdade que ele foi irrelevante, mas nada poderia ser mais relevante do que obras como esta (falando da tela 'Jovens ciganos'), que enobreciam e elevavam as pessoas comuns e os camponeses. E qual maneira melhor do que tomar a ralé da sociedade, os ciganos, e alçá-los até os céus? Eles são tanto belos como não têm beleza em demasia: 'reais' e 'ideais' ao mesmo tempo".
Kara Ross completa:
"Bouguereau amava exaltar os pobres. (…) A dignidade das classes inferiores era um tema favorito para Bouguereau, que o abordou em muitos de seus trabalhos"
Fonte: Wikipédia/Google
Fonte: Wikipédia/Google
domingo, 11 de outubro de 2009
CORRIDA CONTRA O DESTINO
(VANISHING POINT, 1971)
SINOPSE
O motorista Kowalsky (Barry Newman) recebe como tarefa levar um Dodge Challenger branco do Colorado até São Francisco, na Califórnia, e ele aposta que poderá fazer a viagem em menos de 15 horas. Inicia a correria, e não demora muito para Kowalsky estar sendo perseguido por motos, carros e helicópteros da polícia, em poeirentas estradas estadunidenses. Durante a perseguição, o protagonista é guiado pelo DJ cego Super Soul (Cleavon Little), que possui uma escuta da polícia.
CORRIDA CONTRA O DESTINO, dirigido por Richard C. Sarafian em 1971, é um clássico road movie dos anos 1970 com todas as características do gênero: trilha sonora com muito rock, um carrão envenenado, um anti-herói que ganha a simpatia popular em sua viagem e, ao final, “se ferra”. Sua inspiração básica é o primeiro grande road movie Americano, SEM DESTINO (1969), porém aqui temos um rebelde solitário no volante de um dos grandes muscle cars da época – um Dodge Challenger 1970. Assim, não é de admirar que a grande ênfase do filme - que indiscutivelmente deixou um legado no gênero – seja as perseguições motorizadas, porém com um tempero de algo muito em voga na época - a rebeldia e contestação ao “Sistema”. Assim, podem ser considerados descendentes diretos de CORRIDA CONTRA O DESTINO produções como LOUCA ESCAPADA (1974, de Steven Spielberg) e FUGA ALUCINADA (1974, com o mesmo Peter Fonda de SEM DESTINO) e até mesmo a série de TV OS GATÕES (1979, que virou filme em 2005). Em 1997 foi lançada uma esquecível refilmagem para a TV estrelada por Viggo Mortensen, com uma história completamente diferente.
Muitos elementos do filme hoje estão datados, como a mensagem “paz, amor e drogas” (esta perfeitamente representada pela motoqueira nua interpretada pela desconhecida Gilda Texter, que numa pausa no meio do deserto oferece a Kowalsky sexo e pílulas), a representação caricatural do casal de assaltantes gays a quem o protagonista dá carona, e até mesmo a determinação de Kowalsky em, a partir de certo ponto, quebrar todas as regras (dica: ele é um veterano do Vietnã...). No entanto, tais elementos colaboram para dar ao filme um sabor único, típico de sua época, e hoje ao revê-lo me senti transportado de volta ao velho e abafado cinema onde assisti CORRIDA CONTRA O DESTINO pela primeira vez, há trinta e tantos anos. À época o filme mostrou cenas de perseguição bem mais sensacionais do que as vistas em BULLIT (1968) e OPERAÇÃO FRANÇA (1971), que sublinhadas por um acompanhamento musical mesclando country e rhythm & blues, sem dúvida ainda hoje fazem valer a pena embarcar nessa viagem. A interpretação do elenco é quase minimalista, a começar pelo próprio Barry Newman, destacando-se apenas Cleavon Little no papel de Super Soul, que via rádio dedica conselhos e músicas ao fugitivo das estradas (qualquer semelhança do personagem com a DJ sem rosto de WARRIORS – OS SELVAGENS DA NOITE, de Walter Hill, não é mera coincidência).
A trilha musical de CORRIDA CONTRA O DESTINO foi produzida pelo veterano compositor e músico Jimmy Bowen, que além de incluir canções de músicos country e rhythm & blues como Bobby Doyle, Doug Dillard Expedition, Delaney & Bonny & Friends, Mountain e Kim Carnes, compôs e interpretou com seu grupo The J. B. Pickers algumas faixas instrumentais, com destaque para “Freedom of Expression”, muito conhecida aqui no Brasil por ser utilizada como tema do programa jornalístico GLOBO REPÓRTER, da Rede Globo. No filme esta música vibrante, quase um jazz rock, é ouvida durante uma veloz perseguição ao Challenger de Kowalsky.
texto: Jorge Saldanha
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
HIPERTRICOSE LANUGINOSA CONGÊNITA
Síndrome de Lobisomem ou Hipertricose
É uma anomalia bastante estranha. As pessoas que sofrem com essa doença ficam completamente cobertas por um longa lanugem (cabelo), com excessão das palmas das mãos e dos pés. O comprimento destes pêlos pode chegar a 25 centímetros. A lanugem é um cabelo fino (como se fosse uma penugem) que aparece nos recém nascidos e que desaparece normalmente pouco antes do nascimento, alguns bebês até nascem com um pouco de lanugem e isso é normal! Mas pessoas com hipertricose não perdem essa pelugem e ainda podem desenvolve-la e se tornarem com a incrível aparência de “lobisomem”. Nesta doença os folículos capilares previamente normais de todos os tipos revertem a produção de pêlos com características de lanugem. Pêlo fino e felpudo cresce sobre grande área do corpo, repondo pêlo normal e veloso primário e secundário.Na Hipertricose congênita, temos nada mais que 50 casos registrados. Neste caso, ainda durante a gravidez, o feto é coberto com a lanugem que deveria cair durante o oitavo mês de gestação, mas continua a crescer.Os pêlos ficam escuros e permanecem após o nascimento. Ainda não se sabe ao certo as causas, porém acredita-se que seja uma condição genética, considerada hereditária ou então pode acontecer apenas devido à uma mutação de genes. Na Hipertricose Adquirida, o crescimento de pêlos se dá após o nascimento desencadeado geralmente por problemas relacionados ao cancer.
Hipertricose é uma condição que realmente não tem uma cura. Os tratamentos incluem apenas técnicas de depilação avançadas com utilização de laser e eletrólise dos fios, porém nenhuma dessas técnicas são realmente satisfatórias.
fonte: http://diariodebiologia.com/2009/01/hipertricose-lanuginosa-congenita-sindrome-de-lobisomem/
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
HORTÊNCIA, NOSSA RAINHA COMPLETA 50 ANOS
Hortência Maria de Fátima Marcari (Potirendaba, 23 de setembro de 1959) é uma ex-jogadora de basquete brasileira, sendo considerada uma das maiores jogadoras de basquetebol de todos os tempos. A maior homenagem já recebida por ela foi o convite para fazer parte do Hall da Fama do basquetebol feminino no Naismith Memorial Basketball Hall of Fame, em 2002.
Hortência, até agosto de 2006, aparecia como a maior pontuadora da seleção com 936 marcados em 36 partidas (a segunda que mais atuou, superada apenas por Magic Paula), tendo a maior média de 26 pontos/partida. Já disputou cinco mundiais (um a menos que Paula).
Em 2009 Hortência foi empossada diretora da Seleção Brasileira de Basquete Feminino pelo então presidente da Confederação Brasileira de Basketball, Carlos Nunes
fonte: Wikipédia
domingo, 13 de setembro de 2009
GUIDO BUZZELLI
Guido Buzzelli nasceu em 27 de julho de 1927 e faleceu em 24 de janeiro de 1992. Começou sua carreira artística aos 18 anos e recebeu inúmeros prêmios internacionais. Desenhou para várias editoras e fez centenas de capas, inclusive as de versões italianas de personagens como Flash Gordon e Mandrake. Mais tarde, descoberto pelos ingleses, mudou-se para Londres, onde ilustrou a série Angelique para o Daily Mirror Syndicate. De volta à Itália em 1965, tentou durante alguns anos a carreira de pintor, mas acabou voltando aos quadrinhos, ilustrando seus próprios roteiros. Com histórias surrealistas e um desenho próximo ao barroco, Buzzeli compôs a história Les Labyrinthes, publicada na revista francesa Charlie, que lhe deu fama internacional. A ela seguiram-se Zil Zelub e muitas outras, republicadas nas revistas italianas Linus e AlterLinus e em diversas publicações internacionais. Graças a elas ganhou o prêmio internacional Yellow Kid, em 1973, e viu seu trabalho ser exposto até mesmo no museu do Louvre.