quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DIA DO SACI

Em 2005, foi instituído o Dia do Saci no Brasil, comemorado no dia 31 de outubro, a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro, em contraposição a influências folcloróricas estrangeiras, como o Dia das Bruxas.

Arte: LIBER


FONTE: http://liberland.blogspot.com.br/2010/11/dia-do-saci.html

FOTOS







Fotografias de Ricardo Silva

terça-feira, 30 de outubro de 2012

CAJUÍNA

O suco do caju é filtrado. Acrescenta-se gelatina para a retirada da “trava” natural da fruta. Em seguida, o líquido é clarificado. A cor dourada vem da caramelização dos açúcares naturais. Eis a cajuína, bebida típica do Piaui, mas que – é o que se diz – foi criada pelo cearense Rodolfo Teófilo, farmacêutico e escritor que morreu em Fortaleza em 1923.

O texto a seguir, de autoria do Caetano Veloso, extraí do blog do meu amigo Giovanni Soares (http://noticiasdapauliceia.blogspot.com/). Caetano conta como nasceu sua bela "Cajuína". Eu conhecia uma outra versão pra essa gênese, mas o Giovanni é baiano, sabe das coisas e sabe de música. Não bastasse isso, a explicação saiu do próprio autor da canção. Tomo a outra como lenda, então, e pronto. Em tempo: cajuína é uma delícia!

Com  a palavra, Caetano Veloso:

“Numa excursão pelo Brasil com o show Muito, creio, no final dos anos 70, recebi, no hotel, em Teresina, a visita de Dr. Eli, o pai de Torquato [Neto]. Eu já o conhecia pois ele tinha vindo ao Rio umas duas vezes. Mas era a primeira vez que eu o via depois do suicídio de Torquato. Torquato estava, de certa forma, afastado das pessoas todas. Mas eu não o via desde minha chegada de Londres: Dedé e eu morávamos na Bahia e ele, no Rio (com temporadas em Teresina, onde descansava das internações a que se submeteu por instabilidade mental agravada, ao que se diz, pelo álcool). Eu não o vira em Londres: ele estivera na Europa, mas voltara ao Brasil justo antes de minha chegada a Londres. Assim, estávamos de fato bastante afastados, embora sem ressentimentos ou hostilidades. Eu queria muito bem a ele. Discordava da atitude agressiva que ele adotou contra o Cinema Novo na coluna que escrevia, mas nunca cheguei sequer a dizer-lhe isso. No dia em que ele se matou, eu estava recebendo Chico Buarque em Salvador para fazermos aquele show que virou disco famoso. Torquato tinha se aproximado muito de Chico, logo antes do tropicalismo: entre 1966 e 1967. A ponto de estar mais frequentemente com Chico do que comigo. Chico e eu recebemos a notícia quando íamos sair para o Teatro Castro Alves. Ficamos abalados e falamos sobre isso. E sobre Torquato ter estado longe e mal. Mas eu não chorei. Senti uma dureza de ânimo dentro de mim. Me senti um tanto amargo e triste mas pouco sentimental. Quando, anos depois, encontrei Dr. Eli, que sempre foi uma pessoa adorável, parecidíssimo com Torquato, e a quem Torquato amava com grande ternura, essa dureza amarga se desfez. E eu chorei durante horas, sem parar. Dr. Eli me consolava, carinhosamente. Levou-me à sua casa. D. Salomé, a mãe de Torquato, estava hospitalizada. Estão ficamos só ele e eu na casa. Ele não dizia quas e nada. Tirou uma rosa-menina do jardim e me deu. Me mostrou as muitas fotografias de Torquaro distribuídas pelas paredes da casa. Serviu cajuína para nós dois. E bebemos lentamente. Durante todo o tempo eu chorava. Diferentemente do dia da morte de Torquato, eu não estava triste nem amargo. Era um sentimento terno e bom, amoroso, dirigido a Dr. Eli e a Torquato, à vida. Mas era intenso demais e eu chorei. No dia seguinte, já na próxima cidade da excursão, escrevi Cajuína.”


FONTE: http://notasetrilhas.blogspot.com.br/2010/07/cajuina.html

DANÇA DAS CABEÇAS

Egberto Gismonti & Naná Vasconcelos
Dança das Cabeças  
Kaiser Bock Winter Festival 1996


30/06/1996
Praça da Paz - Parque Ibirapuera - São Paulo

HORÓSCOPO

por Zé da Silva

Leão

Como se saísse debaixo daquela árvore frondosa, brisa do mar acariciando o corpo, som de pequenas ondas quebrando, pássaros a cortar o céu, compondo quadros vivos de pinturas guardadas num livro qualquer esquecido no tempo. Aí veio o inferno. Não em forma de labaredas, mas de mormaço, daqueles onde o ar queima tudo ao entrar – e ao sair mais ainda. E a espreguiçadeira vira aparelho de tortura, mas sem torturar, apenas pelo fato de o corpo não obedecer a mente, e ficar ali imóvel, a espera das escaras espetadas por agulhas a cada respiração. Não existe Deus. Não existe o Diabo. Não existe. Quanto tempo assim? Quanto tempo assado? Uma vida patética e sem gosto seria melhor do que instantes no paraíso e descidas a este desconhecido rotineiro. Um beijo de anjo e, ao mesmo tempo, costas retalhadas por um golpe de urso gigante com unhas incandescentes. Pronto. Alguém assovia uma canção. A luz do fim da tarde espalha estrelas na superfície da água. O vento vira as páginas de um livro aberto ao lado da cadeira. É preciso ler para não morrer.

FONTE: http://jornale.com.br/zebeto/2011/03/09/horoscopo-290/

domingo, 28 de outubro de 2012

JACINTO SILVA

VONTADE DE COMER GOIABA


ROBERT PLANT, AMÉM

 Por  Roberto José da Silva


Aconteceu! O raro momento de magia e êxtase que marca para sempre. Não era Robert Plant do Led Zeppellin que estava no palco do Guaíra. Era muito mais. A voz de uma das maiores bandas da história do rock foi apenas o fio condutor para o passado, o presente, o futuro, o sonho, a conversa com Deus que a música proporciona. 
Como numa viagem lisérgica que poderia ser traduzida no desenho do cartaz pendurado no fundo do palco, só não viajou pelo blues, rock, músicas árabe e africana quem estava estava apenas com o corpo presente ao teatro – não com o coração aberto para uma celebração. Ali, um senhor com poucos anos a menos que o artista voltou a ser adolescente, pegou o ônibus no subúrbio, dinheiro contado no bolso, e foi à praça da Sé, em São Paulo, comprar novamente o primeiro disco vinil da vida, o ZEP II, que carrega como aquela chave que só a arte nos proporciona para abrir os caminhos da percepção. Ali. novamente teve a certeza de que, apesar dos pesares, a vida é uma experiência única e emocionante. E ficou imaginando o quanto alguém como um dos seus ídolos e os músicos devem se sentir gratificados por proporcionar tanto. E vice-versa. Amém. 




Robert Plant e a The Sensational Space Shifters (Justin Adams e Liam Tyson nas guitarra,  John Baggott no teclado; Billy Fuller no baixo, Dave Smith na bateria e Juldeh Camara cordas) no Teatro Guaíra

Fotos de Roberto José da Silva

FONTE:  http://jornale.com.br/zebeto/2012/10/28/para-nunca-esquecer-1597/

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

AOS QUE AINDA SOFREM

 Por Roberto José da Silva

Os relatos vieram na sequência e novamente entraram como se fossem facas a perfurar para sangrar, fazer sofrer – e nunca esquecer, porque é assim mesmo. Um garoto desesperado dentro de um carro, se debatendo e, ao mesmo tempo, pressionando a buzina do carro para que o salvassem. Alguém olhando pelo vão da porta de um quarto e o corpo do amigo rígido, morto, policiais fazendo perícia e seringas usadas espalhadas pelo chão. Os dois usavam cocaína de forma injetável, como eu, dezoito anos atrás. Um conseguiu ajuda – o outro, não. Um pode voltar a ter controle sobre a própria vida. O outro foi embora como muitos e é um sinal de alerta para quem ainda está dentro do universo do uso e para os que trilham o caminho da sobriedade – só por hoje. Há um forte preconceito contra este tipo de drogadição, inclusive entre os que estão na drogadição. Mortes por overdose em consequência do uso de drogas injetáveis são iguais às causadas por outras drogas, inclusive as chamadas lícitas, como o álcool. Perde-se a vida porque não se conseguiu controlar a doença. Cenas fortes como a relatada também acontecem com alcoólatras, por exemplo. Perdi um amigo que teve falência múltipla dos órgãos depois de ser internado várias vezes. Antes da último, ele não conseguia mais ir ao banheiro e o chão da sala da sua casa era usado como vaso sanitário. Sempre digo que sou dependente principalmente das drogas que não usei. Alcoólatra, parei de beber há 22 anos. Substituí a droga pela cocaína. Cheirei e depois injetei. Três internamentos. Brinco nas palestras dizendo que comecei no líquido, passei para o sólido em forma de pó e depois voltei para o líquido para jogar nos canos, como dizem no universo paralelo. Não morri – e o que quero mais? Ao ouvir os dois relatos um véu de tristeza encobriu minha alma e eu fiquei quieto num canto. Ao guri que teve convulsão eu pude falar. Ao outro, não. Pude relatar que, como ele, tive sorte de não morrer na maior das solidões, porque ser o vício te leva a este lado escuro que todos têm, mas só poucos o frequentam – paradoxalmente em busca de uma luz que não conseguimos enxergar ao ponto de arriscarmos as nossas próprias vidas. O uso da droga é sintoma de uma outra doença, que é a emocional. A grande dificuldade da recuperação é este entendimento. É preciso abrir todas as guardas e, através da palavra, que é, em suma, o caminho para retomar a caminhada, se olhar para saber que somos fracos, que somos fortes, que somos seres com força suficiente para caminhar, voar, sem precisar de nada. Em resumo: aprender a aceitar tudo como é, a normalidade, coisa que sempre nos pareceu um mistério pesado demais. O que acontece dentro de uma clínica de recuperação é esta maravilhosa oportunidade de se saber que é possível viver sem a droga e também que o caminho da terapia, da conversa, que, como disse um dos psiquiatras que conheci no Pinel, onde me internei pela segunda vez, pode ser o padre, o pastor ou o amigo onde a conversa flui sem amarras, é o que baliza nossa salvação. A simples e fantástica lição dos Alcoólicos Anônimos do “só por hoje” é uma das grandes chaves de se afastar do sofrimento que toma conta do dependentes e dos que estão à sua volta. O amigo a quem pedi ajuda há 18 anos, também um dependente em recuperação há mais de 20 anos, uma vez disse que esta doença é como um tubarão que guardamos dentro do peito e depende de nós oferecermos alimento ou não para ele. O alimento somos nós mesmos. Relatos como o que ouvi me deixam triste porque uma vida se foi sem que o jovem tenha conseguido o que é um verdadeiro e possível “milagre”. Me deixam alegre porque o outro se salvou e conversou com quem, como ele, espero, pode agradecer à vida.

FONTE: http://jornale.com.br/zebeto/2012/10/24/aos-que-ainda-sofrem-2/

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

FOTO


Fotografia de Ricardo Silva

SOLDA

VÊ O HORÁRIO DE VERÃO


SOLDA CÁUSTICO: http://cartunistasolda.com.br/

domingo, 21 de outubro de 2012

GARRANCHOS, DE GRACILIANO RAMOS

Da assessoria de imprensa da Editora Record:

Editora Record comemora 120 anos de nascimento de Graciliano Ramos com livro inédito, seminário e box com seus quatro romances

Em outubro, comemoram-se 120 anos do nascimento de Graciliano Ramos, um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos em razão da qualidade literária de sua obra e de sua importância para a cultura nacional. Para marcar a data, a editora Record, que publica toda a obra do alagoano, lança um livro inédito do autor: Garranchos, um volume com mais de 80 textos produzidos entre os anos 1910 e 1950, preciosidades que estavam esquecidas em velhos periódicos e acervos de todo o país e que agora chegam ao público. Ao mesmo tempo, a editora realiza em três capitais – São Paulo, Belo Horizonte e Recife – seminários com escritores, ensaístas e artistas plásticos sobre a obra do escritor. E lança também um box com os quatro romances escritos por Graciliano, que será o autor homenageado na Festa Literária Internacional de Parati (Flip) do ano que vem.
Livro inédito
Garranchos, que chega às livrarias na próxima semana, reúne textos produzidos em diferentes momentos da trajetória artística, intelectual e política de Graciliano. Os escritos foram organizados pelo pesquisador Thiago Mio Salla, doutor pela USP e um dos mais proeminentes estudiosos de Graciliano.
No livro, estão reunidas crônicas, epigramas, artigos de crítica literária, discursos políticos, cartas publicadas na imprensa, o primeiro ato de um a peça de teatro, além de um conto juvenil intitulado “O ladrão”, datado de julho de 1915, entre outros textos até agora desconhecidos. Uma obra necessária, um achado único, que perpassa as inúmeras vertentes de um dos escritores brasileiros mais importantes de todos os tempos.
Por mais de sete anos, Thiago Mio Salla garimpou acervos de todo o país em busca destes valiosos achados até então jamais reunidos e publicados em livro. Ao trazer à tona o universo do escritor, Garranchos reúne informações sobre os mais diferentes assuntos e personalidades da primeira metade do século XX.
Romances reunidos em box
A editora Record também lança um box com os quatro romances escritos por Graciliano e publicados entre 1933 e 1938: Caetés, São Bernardo, Angústia e Vidas Secas. No texto de apresentação dos volumes, o escritor Cristovão Tezza fala da permanência da obra de Graciliano: “Em apenas quatro romances [...], Graciliano Ramos construiu uma obra ficcional impressionante que permanece referência incontornável da nossa literatura. O Brasil denso e despojado que emerge de seus livros continua vivo, desafiando o leitor.”
Seminário Graciliano Ramos – 120 anos
“A cosmogonia de Graciliano Ramos: as forças que animam a obra do escritor”.  As articulações do texto literário com as formas de organização social representadas, considerando a situação das personagens em seu contexto de ação e a atualidade das questões levantadas na contemporaneidade.

São Paulo: terça-feira, dia 23 de outubro, às 19h30
MASP – Museu de Arte de São Paulo – Av. Paulista 1578
Participantes: Nuno Ramos e Wander Melo Miranda
Mediador: Manuel da Costa Pinto

Belo Horizonte: quarta-feira, dia 24 de outubro, às 19h30
Teatro José Aparecido de Oliveira (Biblioteca Estadual Luiz de Bessa)
Praça da Liberdade, 21 – Bairro Funcionários
Participantes: Benjamin Abdalla  e Luiz Ruffato
Mediador: Guiomar de Grammont

Recife: segunda-feira, dia 29 de outubro, às 19h30
Academia Pernambucana de Letras – Av. Rui Barbosa, 1596, Graças
Participantes: Ronaldo Correia de Brito e Lourival Holanda
Mediador: Mario Hélio
 “A ética do escritor e a compreensão de seu papel como intelectual, artista e cidadão”. O papel do escritor enquanto intelectual e artista, tendo em vista as relações de poder a que está submetido, e suas preocupações, sobretudo, éticas.

Recife, terça-feira, dia 30 de outubro, às 19h30
Academia Pernambucana de Letras – Av. Rui Barbosa, 1596, Graças
Participantes: Alcides Vilaça e Raimundo Carrero
Mediador:  Mario Hélio

A obra de Graciliano Ramos publicada pela Record:
Angústia, Alexandre e outros heróis, A terra dos meninos pelados, Caetés, Cartas a Heloísa, Histórias de Alexandre, Infância, Insônia, Linhas tortas, Memórias do cárcere, O estribo de prata, São Bernardo, Viagem, Vidas secas e Viventes das Alagoas.
  
FONTE:
http://jornale.com.br/zebeto/2012/10/19/garranchos-de-graciliano-ramos/

LAURIE LIPTON










MARC BOLAN & T. REX

Get It On


BUKOWSKI

foi só há pouco tempo atrás

quase amanhecendo
pássaros pretos no fio de telefone
esperando
enquanto eu como o sanduíche
esquecido de ontem
às 6 da manhã
em uma tranquila manhã de domingo.

um sapato no canto
de pé
o outro posicionado ao seu
lado.

sim, algumas vidas foram feitas para ser
desperdiçadas.

POPEYE

 By Lee Ramao

O artista digital canadense Lee Ramao imaginou como seria se o marinheiro Popeye tivesse comido muito espinafre e se tornado um homem real. Em uma série, Ramao redesenhou o personagem com traços realistas e musculosos usando técnicas de 3D.
Popeye é um desenho criado em formato quadrinho por Elzie Crisler Segar em 1919 e que virou sucesso na televisão após sua exibição na década de 50. O último quadrinho de Popeye foi lançado em 1994. No Brasil, o desenho foi exibido pelo SBT durante as décadas de 80 e 90 e em entre 2007 e 2009 foi exibido pela Rede Record.



FONTES:

http://uolentretenimento.blogosfera.uol.com.br/category/arteentretenimento/

http://cghub.com/images/view/295596/

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SANTOS DUMONT E O Nº 6

Santos Dumont ganha prêmio por voar ao redor da torre Eiffel, em Paris





































No dia 19 de outubro de 1901, o brasileiro Santos Dumont deu uma volta com o seu dirigível (o número 6) em torno da torre Eiffel, em Paris, feito que lhe rendeu o prêmio de 100 mil francos em um concurso promovido pelo milionário Henry Deutsch. 
Finalmente vence o Prêmio Deutsch de la Meurthe, (menos de dois meses após seu quase fatal acidente com o n° 5!) às 14:42, Santos Dumont partiu com seu dirigível n° 6, com 33 m de comprimento e 622 m3, para circundar a Torre Eiffel; após 29’30” o n° 6 encontrava-se sobre o ponto de partida. Com esse feito Santos Dumont provou que o homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares.
O desafio consistia em decolar de Saint Cloud, contornar a  torre Eiffel e retornar ao ponto de partida em 30 minutos. Houve uma polêmica por conta de um atraso de 29 segundos, mas, no dia 4 de novembro, o aeroclube francês declarou Santos Dumont o vencedor do desafio. Pelo feito, ele também ganhou a mesma quantia em dinheiro do presidente Campos Salles e uma medalha de ouro. Santos Dumont nasceu em Palmira (MG), no dia 20 de julho de 1873, e morreu no Guarujá (SP), em 23 de julho de 1932, quando cometeu suicídio.





































FONTE: http://seuhistory.com/hoje-na-historia.html

SOLDA

VÊ POLÍTICA

SOLDA CÁUSTICO: http://cartunistasolda.com.br/

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MOBY DICK

 

Herman Melville


Nasceu em Nova York, no dia 1º de agosto de 1819, em uma família de origens inglesa e holandesa. Durante sua infância, a situação social da família era confortável. Mas seu pai, um senhor refinado, teve sérios problemas financeiros que o levaram à falência no ano de 1830. Ele morreu logo em seguida, deixando a mulher e os oito filhos numa situação instável, fazendo com que a educação de Herman cessasse por volta dos seus quinze anos de idade. Ele começou a trabalhar para auxiliar no sustento da família, e foram várias as suas ocupações: bancário, vendedor na loja de peles do irmão, professor e colono. Em 1839, embarcou como cama­reiro em um navio que zarpava para Liver­pool. A viagem, angustiante e ao mesmo tempo romântica foi mais tarde descrita no seu texto Redburn e ensinou a Herman o amor pelo mar. Outra viagem – desta vez iniciada em 1841, com duração de dezoito meses –, em um baleeiro pelos mares do sul, também forneceria muito da matéria-prima utilizada posteriormente pelo escritor na sua obra, em especial na sua obra-prima, o romance Moby Dick.
Em julho de 1842, Melville desertou do navio na Polinésia, vivendo entre selvagens nas ilhas Marquesas por vários meses. Juntou-se a uma embarcação comercial australiana, mas abandonou novamente o navio por ocasião de um motim e foi preso no Taiti, acusado de deserção. Voltou aos Estados Unidos em 1844, como um marinheiro, na fragata chamada United States, que aportou em Boston. As histórias de aventura Taipi (sua primeira obra), Omoo e White-Jacket – todas escritas com base nessas viagens, sendo que as duas primeiras relatam suas experiências com os povos autóctones – renderam-lhe sucesso imediato e um vasto público.
Casou-se em 1847 e em 1850 mudou-se com a mulher para uma fazenda de propriedade do casal, no estado norte-americano de Massachusetts, onde redigiria Moby Dick, considerado por inúmeros estudiosos como um dos romances mais importantes da literatura ocidental. Melville e sua mulher viveram nessa fazenda por quinze anos. Durante esse tempo, o casal tornou-se íntimo do vizinho e colega de letras, o escritor Nathaniel Hawthorne (1804-1864), autor de A casa dos sete patamares, entre outros livros, e a quem Moby Dick é dedicado. Nathaniel Hawthorne e Herman Melville formariam um importante par da intelec­tuali­dade norte-americana da época. Em uma fase de definição da identidade estado-unidense, quando a estética romântica dominava o Novo Mundo, a ética da literatura deles fez eco ao bardo Walt Whitman (1819-1892) e sua busca quase religiosa pela essência das coisas e dos homens. Estudiosos da literatura norte-americana viriam a chamar Hawthorne, Whitman e Melville, assim como outros escritores da Nova Inglaterra de então, de “transcenden­talistas” por conta do viés religioso, por vezes messiânico, da sua literatura, que buscava, através das letras, uma conexão de bondade, compaixão, sentimento de amor onipresente e virtude com todo o Universo.
Em 1851 é publicado Moby Dick. A popularidade de Melville diminui. Na medida em que o escritor optou por tratar de temas mais complexos e elaborados, sua obra foi tornando-se desin­teressante para os leitores que esperavam simples relatos de aventuras, como seus primeiros escritos.
Em novembro de 1853 é publicado o primeiro encarte de Bartleby, o escriturário: uma história de Wall Street, no periódico Putnam’s. Bartleby, considerado hoje um dos melhores contos da obra melvilliana, está igualmente imbuído daquele sentimento que é a marca registrada do escritor: a noção da importância daqueles momentos na vida quando, contrariando uma orientação consciente, algo da nossa natureza de seres humanos misteriosamente toma o comando, conduzindo-nos de modo aparentemente contrário a nossa vontade, e, igualmente, a noção de que são esses os momentos em que a nossa história moral é determinada.
Nas histórias do período que vai de 1853 a 1856, nota-se uma forte preocupação autobiográfica. O duro esquecimento por parte do público e o desgoverno da carreira literária de Melville refletem-se no papel em situações de retiro pessoal, resignação, derrota, resistência estóica e sofrimento passivo em um mundo duro – além de personagens vivendo e sobrevivendo após terríveis desastres – e esforços, por vezes vãos, para evitar catástrofes maiores.
No período de 1856 a 1885, Melville abandonou a escrita em prosa (assim como abandonara a idéia de uma carreira bem-sucedida de escritor), dedicando-se apenas a versos, incluindo poemas sobre busca religiosa. Em 1860, o período criativo de Melville já terminara, e ele tentou ganhar dinheiro como palestrante. Mudou-se para a cidade de Nova York durante a Guerra Civil Norte-Americana e três anos depois, em 1866, foi nomeado fiscal da alfândega. Permaneceu no cargo burocrático por dezenove anos. Morreu em Nova York, sua cidade natal, em 28 de setembro de 1891, deixando alguns manuscritos incompletos, entre os quais Billy Budd, Sailor, descoberto apenas em 1920.
Somente a partir das primeiras décadas do século XX é que a obra de Melville seria reava­liada em uma escala de importância, renovando o prestígio do autor. Como toda a sua literatura é perpassada pela busca da perfeição do homem e pela constante luta entre o Bem e o Mal, a crítica da segunda metade do século XX viu em Melville um precursor do existencialismo, e o escritor francês Albert Camus chamou-o de “O Homero do oceano Pacífico”. Antes ou depois de Melville, nunca a idéia de retidão moral foi tão atraente, justi­ficada e ou transcendente.

SYLVIA KRISTEL

SYLVIA KRISTEL










SHOCKING BLUE

VENUS

MILLÔR

DEUS É BRASILEIRO



terça-feira, 16 de outubro de 2012

SIMON AND GARFUNKEL

Mrs. Robinson


The Concert in Central Park

HORÓSCOPO

por Zé da Silva

Escorpião

Na madrugada em preto e branco o motorista mantinha todas as janelas do carro abertas enquanto circulava sem destino pela cidade deserta. Usava uma jaqueta de couro, fumava de forma lenta e sentia prazer em controlar o carro americano antigo, quatro portas, volante enorme com aro cromado para acionar a buzina. Isso ele nunca fazia. Ao seu lado, no banco inteiriço, pacotes de dinheiro. Ele andava e, a intervalos não muito longos, apanhava um maço de notas e jogava para fora. Elas voavam ao sabor do vento. Ele nem olhava. Foi num dia de chuva que ele viu essa cena na tela de um cinema. O filme, japonês. Faz muito tempo. Não lembra o nome, não lembra o enredo, não lembra quantos anos tinha. Mas aquela abertura, sem fala, sem trilha, ficou para sempre em seu caráter. Ele nunca fez o mesmo, porque nunca teve, nunca roubou, nunca herdou, nunca nada. Mas sempre deixou o dinheiro no devido lugar, ao lado do banco, para ser tratado de acordo com a importância para a vida.

FOTO

Serrote do Vento, Estrela de Alagoas, Alagoas


Fotografia de Ricardo Silva

CÓLERA

PELA PAZ


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

RICARDO BEZERRA

MARAPONGA


Ricardo Bezerra é parceiro de Fagner desde o início da carreira dele e, juntos, emplacaram sucessos como Cavalo Ferro e Manera Fru Fru Manera. Em 1978, pelo selo Epic, Ricardo Bezerra lançou seu LP "Maraponga", nome dado em homenagem ao sítio que Ricardo possuía e onde recebia muitos amigos e artistas. Fagner inclusive ficou um tempo por lá. Maraponga teve as participações especias de Amelinha, Fagner e os arranjos do disco são de Hermeto Paschoal.
Além de Hermeto, Ricardo Bezerra convocou um time ( ou melhor, uma seleção) mais do que especial de músicos para acompanhá-lo: Nivaldo Ornelas, Mauro Senise, Jacques Morelembaum, Serginho Boré, Sivuca, Robertinho de Recife, Marcio Malard, Bernado Bessler, Luiz Paulo Peninha, Itiberê, Claudio Araújo e Zé Carlos.


RICARDO BEZERRA - MARAPONGA
Lado A:
1-Maraponga (Ricardo Bezerra)
2-Cobra (Alano Freitas/Stelio Valle)
3-La Condessa (Soares Brandão/Ricardo Bezerra)
4-Celebração (Ricardo Bezerra)
5-Sete cidades (Ricardo Bezerra)
Lado B:
1-Gitana (Ricardo Bezerra)
2-Cavalo-Ferro (Ricardo Bezerra/Fagner)
3-Manera Fru Fru Manera (Ricardo Bezerra/Fagner)
4-Improviso (Ricardo Bezerra)



WINSOR MAcCAY

LITTLE NEMO IN SLUMBERLAND