sábado, 18 de setembro de 2010

SUBCONSCIOUS CRUELTY (1999)

Direção, Roteiro e Edição: Karim Hussain Canadá, 1999.

No episódio CIGARETTE BURNS, dirigido por John Carpenter para a primeira temporada da série MASTERS OF HORROR, a trama central girava em torno da busca de um filme raro e amaldiçoado, que provocou uma tragédia em sua única exibição no Festival de Cinema Fantástico de Sitges. Carpenter ao contar essa genial fábula macabra sobre cinefilia e obsessão, despertou nos corações e mentes dos espectadores mais fanáticos, o que é o meu caso, um desejo de recordar filmes reais que realmente tem esse poder de mergulhar fundo no inconsciente humano, a ponte de fazer com que as mais absurdas reações venham para a superfície do mundo real e palpável. Existem filmes com essa força vital, assustadora, que deveriam ficar restritos aos poucos iniciados com sangue frio suficiente para ver de uma só vez o desfile de suas imagens de intensa brutalidade e de irreversíveis efeitos colaterais na alma. Um desses raros filmes, que emergiu das profundezas mais obscuras do inconsciente humano, é SUBCONSCIOUS CRUELTY, escrito e dirigido pelo canadense KARIM HUSSAIN.Muitos já devem ter ouvido falar do termo “Imagens do Inconsciente” ou até de um “Cinema do Inconsciente”. Para alguns psicanalistas, a observação de desenhos ou trabalhos artísticos de pacientes de manicômios, com as mais diversas doenças mentais, expressam um mundo que é somente deles, que apenas eles percebem, e que são registrados através dessas obras de arte, como os trabalhos sublimes do “Mestre do Labirinto” Arthur Bispo do Rosário. Agora imaginem um filme onde tudo o que é mostrado não possui nenhuma conexão com o seguro mundo palpável do que denominamos como normalidade. Assim pode ser definido SUBCONSCIOUS CRUELTY. Uma breve introdução em off fala dessa questão do poder de alguns filmes em nos transportar para lugares estranhos e assustadores. Vemos na abertura uma surrealista seqüência onde em um quase ritual pagão um corte faz emergir de um corpo um olho, de um local inusitado desse corpo. É o início de uma jornada por um mundo de sombras, gritos, sangue e insanidade, tanto no discurso como na formatação estética do filme. Num primeiro momento vemos o cotidiano doentio, obsessivo de um casal de irmãos, onde tudo é narrado do ponto de vista do homem, notoriamente um psicótico. Sua visão do mundo, de seu corpo, de sua relação com a irmã que ultrapassa todas as possíveis projeções psicóticas, é ilustrada com cenas que os mostram como seres quase híbridos, em uma espécie de casulo, ou nas perturbadoras cenas de hemorragias sofridas pela figura feminina representada pela irmã, que não tem voz nesse segmento do filme, pois toda fala é em off, feita pela figura do irmão.A cada sequência cresce a espiral de loucura do homem e fica no ar uma atmosfera opressiva de angústia com sua voz e os absurdos que ele emite, mesclados as cenas sangrentas que criam um quadro quase monocromático onde o vermelho e o preto se destacam. Nessa longa descida ao abismo, somos jogados dentro do caldeirão de uma mente perturbada até o clímax de seus devaneios. Uma pausa surge em uma seqüência encenada em uma floresta. Vemos homens e mulheres despidos em contato com a natureza de uma maneira íntima, numa espécie de êxtase dionisíaco onde essa natureza parece um ser vivo a ser fecundado e de onde excorrem fios de sangue. Nesse “Anti-Éden” encenado para marcar o meio do filme, podemos respirar um pouco e nos prepararmos para o derradeiro mergulho no abismo, com o terceiro segmento de SUBCONSCIOUS CRUELTY.Nessa terça parte, sem diálogos e nem narrativas em off, mergulhamos no cotidiano de um homem contemporâneo e seus traumas e recalques com relação a sexualidade, representados principalmente pela masturbação e seus delírios punitivos diante do confronto com as imagens pornográficas de um filme e o horror da culpa Católica representada pelas imagens sacras que vão culminar numa carnavalização da figura do Cristo, que é adorado e posteriormente devorado por um grupo de “ninfas-bacantes” em uma seqüência inacreditável onde o Gore extremo se mescla a imagem de uma mulher recebendo a hóstia consagrada que na simbologia católica representa justamente o corpo do cristo, sua carne. Muitos escândalos, protestos violentos e uma radical divisão da crítica marcaram a passagem desse filme em Festivais de Cinema. Censurado e banido em muitos países, SUBCONSCIOUS CRUELTY virou um filme cultuado por um pequeno número de cinéfilos e totalmente desprezado pela careta e desinformada “Crítica Especializada” do Brasil. Karim Hussain lançou outras obras após esse filme e tem o reconhecimento de críticos mais seletos e recentemente colaborou como roteirista com o Cineasta espanhol NACHO CERDA, em sua estréia no longa-metragem com o filme THE ABANDONED, obviamente inédito no Brasil.Para os Cinéfilos com coragem para se “jogar” no abismo proposto por Hussain em SUBCONSCIOUS CRUELTY, a redenção virá após emergirem do transe de imagens absurdamente extremas e de uma beleza primitiva, ancestral, como os delírios de um Xamã...

 fonte: http://revistazingu.blogspot.com/2007/01/cinemaextremo.html

JIMI HENDRIX , 40 ANOS

James Marshall "Jimi" Hendrix (nascido Johnny Allen Hendrix; Seattle, 27 de novembro de 1942 Londres, 18 de setembro de 1970) foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano. Frequentemente é citado por críticos e outros músicos como o maior guitarrista da história do rock, e um dos mais importantes e influentes músicos de sua era, em diferentes diversos gêneros musicais.Depois de obter sucesso inicial na Europa, conquistou fama nos Estados Unidos depois de sua performance em 1967 no Festival Pop de Monterey. Hendrix foi a principal atração, dois anos mais tarde, do icônico Festival de Woodstock e do Festival da Ilha de Wight, em 1970. Hendrix dava preferência a amplificadores distorcidos e crus, dando ênfase ao ganho e aos agudos, e ajudou a desenvolver a técnica, até então indesejada, da microfonia. Hendrix foi um dos músicos que popularizou o pedal wah-wah no rock popular, que ele utilizava frequentemente para dar um timbre exagerado a seus solos, particularmente com o uso de bends e legato baseados na escala pentatônica. Foi influenciado por artistas de blues como B.B. King, Muddy Waters, Howlin' Wolf, Albert King e Elmore James, guitarristas de rhythm and blues e soul como Curtis Mayfield, Steve Cropper, assim como de alguns artistas do jazz moderno. Em 1966, Hendrix, que tocou e gravou com a banda de Little Richard de 1964 a 1965, foi citado como tendo dito: "Quero fazer com minha guitarra o que Little Richard faz com sua voz."

O guitarrista mexicano Carlos Santana sugeriu que a música de Hendrix poderia ter sido influenciada por sua herança parcialmente indígena. Como produtor musical, Hendrix também inovou ao usar o estúdio de gravação como uma extensão de suas ideias musicais. Foi um dos primeiros a experimentar com a estereofonia e phasing em gravações de rock.Hendrix conquistou diversos dos mais prestigiosos prêmios concedidos a artistas de rock durante sua vida, e recebeu diversos outros postumamente, incluindo sua confirmação no Hall da Fama do Rock and Roll americano, em 1992, e no Hall da Fama da Música do Reino Unido, em 2005. Uma blue plaque (placa azul) foi erguida, com seu nome, diante de sua antiga residência, na Brook Street, de Londres, em setembro de 1997. Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood (Hollywood Boulevard, 6627) foi dedicada a ele em 1994. Em 2006 seu álbum de estreia nos Estados Unidos, Are You Experienced, foi inserido no Registro Nacional de Gravações, e a revista Rolling Stone o classificou como o melhor guitarrista na sua lista de 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003. Hendrix também foi a primeira pessoa a fazer parte do Hall da Fama da Música Nativo-Americana.

fonte: Wikipédia