sexta-feira, 18 de março de 2011

MUCHA

Alfons Maria Mucha (Ivancice, Morávia, 24 de julho de 1860 — Praga, 14 de julho de 1939) Ilustrador e designer gráfico, pintor e escultor tcheco, um dos principais nomes do movimento Art Nouveau. Seu talento como desenhista revelou-se desde a infância e seu primeiro trabalho artístico, A Crucificação foi feito aos oito anos. Apesar de todo o seu talento Mucha não conseguiu matricular-se na Academia de Belas Artes de Praga e foi tentar a sorte na Áustria. Com 19 anos, ele obteve seu primeiro emprego como pintor de cenários na Ópera de Viena. Nas horas vagas, para reforçar seu orçamento, ele pintava retratos. Sua fama de excelente pintor lhe valeu um emprego com o conde Khuen Belasi que encomendou uma série de murais para seu palácio. Durante cinco anos Mucha trabalhou para a família Belasi. Graças ao mecenato obtido de seus empregadores ele conseguiu estudar na Academia de A rte de Munich e posteriormente, concluiu seus estudos em Paris, nas Academias Julien e Colarossi. Mucha já era um ilustrador de renome quando a sorte bateu em sua porta. Durante os feriados de Natal e Ano Novo de 1894, ele era o único artista de plantão na tipografia Lemercier quando foi procurado por Sarah Bernhardt. A famosa atriz necessitava de um pôster para a divulgação de Gismonda, sua nova peça teatral. Mucha não hesitou em atender o pedido urgente da divina Sarah e criou o pôster. A obra fascinou a todos, com seu formato verticalizado, os sutis tons pastéis e o efeito de auréola sobre a cabeça da personagem. Estes passaram a ser os elementos característicos dos pôsteres de Mucha, adorados pelos parisienses. Sarah Bernhardt ofereceu ao pintor um contrato de seis anos para a produção de desenhos cênicos, vestuários e pôsteres. Ao mesmo tempo o artista assinou um contrato exclusivo com a gráfica Champenois para produzir materiais comerciais e decorativos. Dessa parceria iriam nascer os famosos cartões postais, cardápios para restaurantes e peças promocionais do Champagne Möet & Chandon. O pôster Gismonda inaugurou o “estilo Mucha”, transformando seu autor no expoente máximo do Art Nouveau parisiense. Apesar do artista ter sido obrigado a deixar o seu país de origem para desenvolver sua carreira artística, ele sempre se manteve fiel às suas raízes. Depois de viver anos em Viena, Munich, Paris e nos Estados Unidos, Alfons Mucha regressou para a Boêmia em 1910. Ele foi dar início a um projeto que iria ocupar o resto de sua vida. A criação de uma obra épica, um monumento comemorativo às lutas e vitórias do povo eslavo. Enquanto criava as vinte pinturas que viriam a compor o conjunto da Épica Eslava, Mucha sempre encontrava tempo para dedicar-se a pequenos trabalhos, tais como desenhar os selos e as cédulas da nova moeda que seriam utilizadas pela recém proclamada República da Tchecoslováquia. Foi nesse período que nasceram das mãos do artista, as pinturas que serviram de modelo para a confecção dos vitrais da Catedral de São Vito. fonte: Revista Digital

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