Tenho medo desse silêncio
Que antecede os sinos
E os cantos dos galos.
Há muito essa angústia
Me apavora entre paredes
De meu quarto de criança.
Medo das perda inevitáveis,
As que sempre chegam
Sem espera, ao Ano Novo
E nos levam para sempre
Os amigos mais antigos.
E os pais que tanto amamos,
Os romances e a juventude.
Nessa época dramática
Entre o brilho das luzes
Tenho esse medo comum,
O que vejo em arredios olhos
Dos cães de rua perdidos
Entre esquinas sombrias
De pedintes esquálidos.
É essa angústia profunda
Atávica e de perdição
Que me faz temer trovões
E tigres de dentes de sabre
E fugir das ceias natalinas
Da euforia dos presentes
E das multidões de shoppings.
Medo que empacotem em saldo
Também a minha alma em desuso
Que de sensível e frágil,
Entre outras tantas perdidas,
Possa vir a morrer distraída,
De desencanto, amor e delicadeza.
Que antecede os sinos
E os cantos dos galos.
Há muito essa angústia
Me apavora entre paredes
De meu quarto de criança.
Medo das perda inevitáveis,
As que sempre chegam
Sem espera, ao Ano Novo
E nos levam para sempre
Os amigos mais antigos.
E os pais que tanto amamos,
Os romances e a juventude.
Nessa época dramática
Entre o brilho das luzes
Tenho esse medo comum,
O que vejo em arredios olhos
Dos cães de rua perdidos
Entre esquinas sombrias
De pedintes esquálidos.
É essa angústia profunda
Atávica e de perdição
Que me faz temer trovões
E tigres de dentes de sabre
E fugir das ceias natalinas
Da euforia dos presentes
E das multidões de shoppings.
Medo que empacotem em saldo
Também a minha alma em desuso
Que de sensível e frágil,
Entre outras tantas perdidas,
Possa vir a morrer distraída,
De desencanto, amor e delicadeza.
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