sábado, 14 de julho de 2012

SCÜMA


Quando a Scüma Toma o Poder!

Por Erivaldo Mattüs

Nossa pequena odisséia começa no ano de 2002, quando alguns trombadinhas de um movimento punk quase imaginário, resolvem se juntar na pacata cidade de Palmeira dos Índios. O som trafegava pela década oitentista, um punk/HC encrustado no protesto e inconformismo. Uma boa pedida pra quem pira num Ramones cruzado com Cólera, recheado de sinceridade nas letras e sonoridade.
Além de fim do mundo, 2012 tem sido um ano de grande alavanque para a banda. Depois de passar pelo nome de Asfixia e Amnésia, o grupo finalmente chega a uma decisão absoluta e muda seu nome para Scüma. Para, dessa forma, mostrar que até a ralé pode impor seu protesto num punk rock nervoso e eficaz em suas mensagens. Com um EP finalmente lançado e intitulado “Asfixia” (homenagem a antiga alcunha dos terroristas), os meliantes se preparam para o lançamento de um Split CD com mais bandas Alagoanas, provando que o protesto ainda resiste na terra dos coronéis sanguinários.
Atualmente, Douglas (vocal e guitarra, Lucas (baixo) e Higor (batera) andam na grande caçada de espaços para demonstração de seu barulho, um som que faz até o ser humano mais careta pogar feito um animal selvagem!

CONTATO: bandascuma@hotmail.com

quinta-feira, 12 de julho de 2012

HORÓSCOPO

por Zé da Silva

Sagitário

Andava sempre no meio-fio. Desde que se entendia por gente. Um dia pensou em desafio a alguma coisa. Não sabia o quê. Cresceu, assim como o número de veículos e loucos na cidade grande. Continuou ali, respirando monóxido, sendo encharcado nos dias de chuva. O deslocamento de vento causado por caminhões às vezes o fazia perder um pouco o equilíbrio. Ele ria. Até o dia do susto. Um poodle de madame latiu na sua orelha. O coração apertou e o medo adentrou. Tinha quarenta anos. Passou a andar na calçada e demorava muito para atravessar as ruas livres ou com o semáforo o protegendo. Seu medo era um só: um dia, o problema mecânico vai fazer o estrago fatal. Sentia isso principalmente quando andava na mesma direção do fluxo. A morte era como uma sombra vindo para entrar nas suas costas. Evitava ao máximo sair de casa. Nunca teve um carro. Um dia resolveu comprar. Um grande, robusto. Na primeira saída viu que a maioria dos carros tinha um cachorro dentro. Notou que eles só latiam para quem andava a pé nas calçadas. Sentiu-se seguro. Comprou um pittbull. Estava feliz com o bicho até que foi mordido na nuca enquanto dirigia. Não morreu. Perdeu a voz. Não sai mais do quarto. Colocou uma placa de trânsito na porta. Proibido seguir em frente.

Fonte: http://jornale.com.br/zebeto/2012/07/12/horoscopo-342/

segunda-feira, 9 de julho de 2012

FOTOS






 Fotos de Ricardo Silva

FERNANDO PESSOA

É INDA QUENTE

É inda quente o fim do dia... 
Meu coração tem tédio e nada... 
Da vida sobe maresia... 
Uma luz azulada e fria 
Pára nas pedras da calçada... 
Uma luz azulada e vaga 
Um resto anônimo do dia...
Meu coração não se embriaga 
Vejo como quem vê e divaga... 
E uma luz azulada e fria.

MARILYN MONROE






domingo, 8 de julho de 2012

SOLDA

 CHAPLIN

Este é o Chaplin, originalmente em preto e branco, refiz há algum tempo, apenas colocando cores no original. Digitalizado e trabalhado, parceria minha com o acaso. Solda

sábado, 7 de julho de 2012

HORÓSCOPO

por Zé da Silva

Sagitário

Perguntam se vai escrever. O livro. Ele diz que escreve diariamente. Desde que nasceu. Acha que escolher a palavra é jogar no lixo as outras. Prefere a dúvida. Sempre foi dúvida. Não gosta. Mas gosta. Caleidoscópio é. Imagens se misturam a letras. Robô, vai ao purgatório. Sempre. Pode gritar. Ninguém ouve. Sente dor, mas não morre. Uma fresta de luz é miragem. Como na cena dos Três Patetas. Come areia com fel. Tem gosto de caviar. Nunca lambeu a colher. O abridor de latas é enferrujado. Querem o quê? Aqui, Gerarda! Não vai rabiscar letras. Pode contar do jeito que lhe vem. Mas quando captura, já foi. Assim! Estalar de dedos. Bico apontando. Por ali. Não vá. Jim das Selvas lhe ensinou. Tarzan gritou. O código. Depois. No silêncio da selva. Sob o olhar dos pigmeus. Sem letras.