segunda-feira, 30 de setembro de 2013

sábado, 28 de setembro de 2013

PETERPAN SPEEDROCK

Crank Up The Everything (Official Video)



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FOTOS






Fotografias de Ricardo Silva

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SOLDA

CÁUSTICO


SOLDA CÁUSTICO: http://cartunistasolda.com.br/

CABEÇA DE PEDRA


Coelho

Sou um coelho. Gigante. Mas coelho. Meu nariz é frio e tem antenas. Ando pelas ruas de uma cidade grande qualquer. Não, não é Páscoa. Sou um coelho cujo calendário não é de chocolate e nem bolinho. Foi o que restou na minha vida. Me acostumei. Faço propaganda. Os meus pelos estão encardidos. Minha alma também. Outros entraram aqui dentro, mas desistiram. Estou fazendo isso há mais de ano. Sou um coelho velho e sem coelhinhas. Impotente. De tudo. Olho a paisagem por um pequeno buraco. Algumas crianças me adoram. Outras têm medo. Por causa do tamanho. Não sei se sou macho ou fêmea. Vai ver sou um coelho anjo. Hoje aconteceu uma coisa estranha. Vi outro coelho no calçadão. Eu indo, ele vindo. Paramos. Olhamo-nos. Buraco no buraco. Lá dentro tinha uma mulher. Eu fiquei com vontade de conhecê-la. Marcamos encontro. Fui lá no endereço que ela me deu. Nas quebradas. Casa simples. Limpinha. Ela sozinha. Eu sozinho. Rostos sofridos. De coelhos sobreviventes. Ela disse que tinha uma surpresa. Era um bolo. Comi um pedação. Delicioso. Bolo de cenoura.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

MISANTROPIA

CARTÃO POSTAL

É com enorme prazer que nós da Misantropia convidamos todos para o show de lançamento de nosso novo CD intitulado Cartão Postal.


Teatro Linda Mascarenhas, dia 1º de novembro de 2013 às 19h30.


Nove sons de um hardcore/punk simples e direto a maior marca da Misantropia. No novo álbum da banda intitulado “Cartão Postal”, as músicas ganham uma pegada diferenciada e mais forte depois da entrada do batera Ives Toledo, as letras gritadas por Sandney Farias (vocal e guitarra) dessa vez, tem como alvo, quase que em sua totalidade, as mazelas e pilantragens que assolam a sociedade alagoana, em especial a capital Maceió.



A capa desenhada por W. Júnior, baixista da banda, presta uma contra-homenagem ao riacho mais poluído da cidade que desemboca toda sua sujeira no mar. Com finalização e projeto gráfico de Luiz R. e fotos de Ricardo Silva o encarte fica ainda mais completo com imagens da banda e todas as letras do CD.


Um lançamento cooperativo de 14 selos independentes que se uniram para dar força a esse grito da banda punk mais antiga e ainda em atividade em Alagoas. De quebra, ainda rolam duas regravações de dois sons antigos (Problemas e Caos Social) que entraram no material como faixas bônus.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

RED HOUSE

Jimi Hendrix  (live in Stockholm, Sweden 1969)



JIMI HENDRIX, 43 ANOS DEPOIS

A 18 de setembro de 1970, o mundo da música perde o gigante Jimi Hendrix, considerado como o melhor guitarrista da história do rock e um dos mais influentes músicos do seu tempo. “É fácil tocar blues. Mas é difícil senti-lo”, dizia.


JOHNNY ALLEN HENDRIX, conhecido no mundo da música como Jimi Hendrix, nasceu em Seattle, a 27 de novembro de 1942. Foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano, influenciado por grandes nomes como: T.Bone Walker, BB King, Muddy Waters, Howlin' Wolf, Albert King e Elmore James, Curtis Mayfield e outros, mas dono de um estilo incomparável, que o tornou único.
Hendrix, o guitarrista canhoto, privilegiava os amplificadores distorcidos, dando realce aos agudos, e ajudou a desenvolver a técnica, até então indesejada, da microfonia. “É fácil tocar blues. Mas é difícil senti-lo”, dizia Hendrix, que com poucas palavras explicava o segredo do seu sucesso.
Conquistou diversos prémios, em vida e postumamente, incluindo a presença no Hall da Fama do Rock and Roll norte-americano, em 1992, e no Hall da Fama da Música do Reino Unido, em 2005. Tem ainda uma estrela no pátio da fama de Hollywood.
A prestigiada revista Rolling Stone classificou Jimi Hendrix como o melhor da lista dos 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003.
Jimi Hendrix morreu em Londres, a 18 de Setembro de 1970, em circunstâncias que nunca foram completamente esclarecidas, mas que terão relação com excesso de consumo de álcool ou comprimidos.

FONTE:http://www.ptjornal.com/2012091710892/geral/hoje-e-dia/18-de-setembro-morre-jimi-hendrix-o-melhor-guitarrista-da-historia-do-rock.html

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

FOTOS





Fotografias do Ricardo Silva

FITA AMARELA


Veio balão como um disco voador. Pequeno, multicolorido, proibido. O céu estava azul sem nuvem, fim de tarde, névoa no horizonte. Sem controle, caindo, se enroscou nos fios perto de um poste com luz. E ardeu nas chamas da tocha. Um pedaço ainda voou e caiu no gramado bem cuidado de uma casa. A bucha ainda ardeu um pouco enroscada num fio. Depois apagou. Um filete de fumaça subiu. A luz da rua se acendeu e iluminou uma fita amarela que veio pendurada e ali ficou enroscada. Fita amarela. Lembrou a canção. Lembrou choro. Lembrou vela. Lembrou Noel. E ela ficou ali ao sabor do vendo, formando figuras, letras. Atravessou a noite e, no outro dia, escorreu no fio e ficou mais distante do poste. Um vento mais forte e ela se partiu. Mas um pedaço ficou ali, a balançar feito bandeira fincada para comemorar um fato. O do balão caindo na tarde de domingo.


Foto e texto Roberto José da Silva

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

SOLIDÃO


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!


Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!


Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão, pela nossa alma.


Fátima Irene Pinto



fonte: http://www.fatimairene.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=1150119

terça-feira, 3 de setembro de 2013

WALTER FRANCO

CANALHA


Show realizado no SESC Belenzinho
REVOLVER ÁLBUM - 17/03/2013;
Composição de Walter Fanco;
Marcelo Barros Pitta (teclados), Daniel Ribeiro Rocha da Silva (Baixo), Raul Gana Duarte Filho (Guitarra) e Rodrigo Alvim Vitali (bateria)

ALEKSEY TCHERNIGIN







RUBEM FONSECA

CONTO DE AMOR

Quando servi o Exército eu me tornei especialista em bombas. Sei fabricar qualquer tipo de bomba portátil, muito usada por terroristas. A bomba que eu estava fazendo tinha que ter efeito fulminante, para que a vítima nada sofresse. E antes da explosão, era necessário que fosse emitido um feixe de luz radiante que fizesse a vítima perceber a iminência da explosão.
A pessoa que eu queria matar era o meu filho João.
Minha mulher Jane estava grávida quando fui enviado ao exterior com um contingente do Exército a serviço das Nações Unidas. Fiquei ausente cerca de dois anos. Escrevia constantemente para Jane e ela respondia. Quando o meu filho nasceu e recebeu o nome de João, as cartas de Jane ficaram bem estranhas. Ela dizia que precisava falar comigo uma coisa muito séria, mas não sabia como. Eu respondia impaciente para ela dizer de qualquer maneira, mas ela persistia na falta de clareza, que cada vez piorava mais. Afinal, Jane deixou de responder minhas cartas.
Quando voltei da missão da ONU, corri para casa assim que desembarquei no aeroporto.
Jane abriu a porta para mim. Seu aspecto me surpreendeu. Estava envelhecida, pálida, parecia doente.
“Onde está o João?”, perguntei.
Jane começou a chorar convulsivamente, apontando a porta do quarto onde ele estava.
Entrei no quarto, seguido de Jane.
João estava deitado no berço, um menino lindo, que ao me ver deu um sorriso. Peguei-o no colo. Então, tive uma surpresa que me deixou atônito. João só tinha uma perna e um braço, eram os únicos membros que possuía.
Jane estendeu-me um papel, todo amassado, uma receita médica onde estava escrito: esta criança sofre de focomelia, uma anomalia congênita que impede a formação de braços e pernas.
Jane cuidava do João com o maior cuidado e com grande carinho. Mas ela definhava cada vez mais e morreu quando João tinha seis anos. Eu dei baixa no Exército para poder cuidar do meu filho. Quando eu perguntava se ele queria alguma coisa, ele dizia “Eu quero ir para a guerra”.
Sua deficiência física se agravava com a idade. Ele tinha 15 anos, mas não podia andar, estava impossibilitado de exercer as mínimas atividades físicas.
“Eu quero ir para a guerra, papai”, ele pediu mais uma vez.
Então decidi que ele iria à guerra. Foi quando preparei a bomba.
Com a bomba na mão eu disse:
“Meu filho, você foi convocado para ir à guerra.”
“Obrigado, meu pai querido, eu te amo muito.”
Eu o amava mais ainda.
Coloquei a bomba na sua mão.
“Essa bomba vai explodir. É a guerra”, eu disse.
“É a guerra”, ele repetiu feliz.
Saí do quarto onde estava. Pouco depois vi o clarão.
João também viu esse clarão, feliz, antes da bomba explodir, matando-o.
Eu amava o meu filho.


*Conto inédito de Rubem Fonseca publicado no jornal Candido, da Biblioteca Pública de Curitiba

M M

Marilyn Monroe