quarta-feira, 17 de setembro de 2008

BOCAGE

SONETO DO EPITÁFIO Lá quando em mim perder a humanidade Mais um daqueles, que não fazem falta, Verbi-gratia — o teólogo, o peralta, Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade: Não quero funeral comunidade, Que engrole "sub-venites" em voz alta; Pingados gatarrões, gente de malta, Eu também vos dispenso a caridade: Mas quando ferrugenta enxada idosa Sepulcro me cavar em ermo outeiro, Lavre-me este epitáfio mão piedosa: "Aqui dorme Bocage, o putanheiro; Passou vida folgada, e milagrosa; Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro". fonte:http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/bocage.htm

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