Se deseja o bem do outro, amar é decidir.
Há aquele que não quer se afastar, só que não suporta ficar perto.
Há aquele que não consegue permanecer longe, porém não se esforça para conviver.
Há aquele que não sai definitivo de sua vida, muito menos entra de verdade.
Há aquele que não se despede e também não assume as dificuldades do recomeço.
Há aquele que não larga as lembranças, entretanto não promete mais nada.
Há aquele que não está junto, mas não está longe.
Há aquele que sente saudade quando distante e reclama do ódio quando perto.
Há aquele que não desaparece e tampouco ressurge, que não destrói de uma vez por todas a relação, tampouco reconstrói os laços.
Há aquele que não pretende se encontrar para não sofrer, só que não para de telefonar e mandar mensagens.
Há aquele que tortura com amor, bate com o beijo, perdura a mala em gaveta.
Há aquele que não esquece o passado e também não desobriga a sua companhia a seguir em frente.
Aquele é você.
Não resolve, não se define, nem vem nem vai, sempre em cima do muro das palavras.
Sem esperança, sem fé, sem confiança, prende a pessoa pelo ressentimento. Empaca romances, não liberta seu prisioneiro para a possibilidade de novos amores.
A relação se transforma num purgatório, numa cobrança insolúvel de dívidas, que jamais serão quitadas pois não existem dias felizes para fazer esquecer as datas infelizes.
Se deseja o bem do outro, amar é também desistir.
FABRÍCIO CARPINEJAR: https://suspirosedesatinos.wordpress.com/2015/09/25/entra-ou-sai/
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