de Oscar Wilde
1- A única maneira de se livrar de uma tentação é ceder-lhe.
2- Esse é um dos grandes segredos da vida: curar a alma, por meio dos sentidos, e os sentidos por meio da alma.
3- Os moços de hoje pensam que o dinheiro é tudo.
– É verdade – concordou lorde Henry, ajeitando a lapela do paletó. – E, quando envelhecem, adquirem a certeza.
4- Para voltarmos à mocidade, basta-nos repetir as nossas loucuras.
5- Os homens casam-se de cansaço; as mulheres, de curiosidade. Ambos decepcionam-se.
6- As mulheres representam o triunfo da matéria sobre o espírito; exatamente como os homens representam o triunfo do espírito sobre a moral.
7- Não diga “o romance mais extraordinário da minha vida”. Sempre há de ser amado e sempre estará apaixonado pelo amor. A “grande paixão” é o privilégio dos que não têm o que fazer.
8- Os que amam só uma vez na vida é que são superficiais. O que eles chamam de lealdade e fidelidade é a meu ver letargia do hábito ou falta de imaginação. A fidelidade é para a vida emotiva o que a coerência é para a vida intelectual: simplesmente uma confissão de insucessos.
9- As criaturas vulgares não nos impressionam a imaginação. Ficam limitadas ao seu século.
10- O apaixonado começa iludindo-se a si próprio e acaba enganando os outros. Eis o que o mundo chama um romance.
11- Mas os poetas medíocres são encantadores. Quanto piores os versos, tanto mais pitoresco é o poeta. O simplesmente fato de haver publicado um livro de sonetos de segunda ordem torna um homem absolutamente irresistível. Ele vive a poesia que não soube escrever. Os outros escrevem a poesia que não conseguem concretizar.
12- A criança começa amando os pais; mais tarde, ao crescer, julga-os; às vezes perdoa-os.
13- Eu agora nunca aprovo ou reprovo nada. Aprovar e reprovar são atitudes absurdas para com a vida. Não viemos ao mundo para dar largas aos nossos preceitos morais.
14- O verdadeiro inconveniente do casamento é que ele extingue em nós o egoísmo. E os seres sem egoísmo são incolores.
15- O motivo do nosso empenho em julgar bem o próximo é que temos medo de nós mesmos: a base do otimismo é puro receio.
16- O prazer é a única coisa merecedora de que se lhe dedique uma teoria. (…) O prazer é o teste da natureza, o seu sinal de aprovação. Quando somos felizes, sempre somos bons; mas, por sermos bons, nem sempre seremos felizes.
17- Na auto-acusação há uma espécie de volúpia. Acusando-nos, sentimos que ninguém mais tem o direito de nos censurar. É a confissão que nos absolve, não o sacerdote.
18- As boas resoluções são tentativas inúteis de contrariar as leis científicas. Originam-se de vaidade pura.
19- Devemos absorver o colorido da vida e não guardar na memória as suas minúcias. As minúcias são sempre vulgares.
20- Há sempre um laivo de crueldade em todo prazer, talvez em toda alegria.
21- Cada um de nós, Basil, tem em si o céu e o inferno!
22- O homem pode ser feliz com qualquer mulher, contanto que não a ame.
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