quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BARBARELLA

Queen of the Galaxy
Barbarella personifica a última das heroínas de ficção científica: inteligente, forte, com sentido de humor e sexy. É assim que o produtor Dino De Laurentis define a personagem criada por Jean Claude Forest em 1964 para os seus livros de ficção científica para adultos e que, passados quatro anos, De Laurentis transpôs para o seu filme «Barbarella: Queen of the Galaxy», protagonizado por Jane Fonda e sob a realização de Roger Vadim.
«Barbarella: Queen of the Galaxy» é um filme de ficção científica de 1968, baseado nos livros de banda desenhada para adultos da autoria do escritor francês Jean Claude Forest. O livro, publicado em 1964, rapidamente se revelou um êxito tendo sido traduzido em inúmeros países, incluindo os Estados Unidos da América.
Barbarella personifica uma agente espacial que, ao longo de quatro volumes, é destacada para variadas missões que acabam por se transformar em aventuras e viagens de auto-conhecimento.
Apenas quatro anos após a data de publicação do primeiro volume, este foi adaptado para filme pela mão do produtor Dino De Laurentis e sob a realização de Roger Vadim, tendo sido escolhida para desempenhar o papel de Barbarella a actriz Jane Fonda (na altura casada com Roger Vadim).
Aquando do seu lançamento, o filme não granjeou muitas críticas favoráveis, não sendo levado a sério por alguns críticos de cinema que o consideravam fraco em termos de argumentação e realização, no entanto e quase inexplicavelmente, ao longo dos anos Barbarella foi-se tornando uma espécie de filme de culto de que quase todos já ouviram falar. Uma das suas cenas conhecidas é aquela em que Barbarella (ou Jane Fonda) se despe num ambiente com gravidade zero.
O argumento do filme passa-se no século 40, numa sociedade que não conhece os prazeres do sexo, uma vez que conseguem atingir esse prazer através de produtos farmacêuticos. Nesta sociedade vive Barbarella que é recrutada pelo Presidente da Terra para resgatar o cientista Durand-Durand a fim de salvar o planeta.
Ao longo da sua aventura, Barbarella vive algumas peripécias, sendo seduzida por Mark Hand que lhe dá a conhecer o sexo por penetração, seduzindo por sua vez um anjo chamado Pygar, ou sendo sujeita a tortura numa máquina denominada Excessive Machine que, através de um instrumento em forma de órgão, proporciona prazer sexual em doses que podem ser letais.
O filme foi gravado simultaneamente em inglês e francês, tendo alguns dos actores gravado as suas deixas em ambas as línguas.
Existem várias referências ao filme e à personagem Barbarella na cultura pop, principalmente no meio musical.
A banda Duran Duran baseou-se no cientista Durand-Durand para a escolha do seu nome, assim como possuem músicas e vídeos com alusões ao filme. Ao longo dos anos artistas como Kylie Minogue, Scott Weiland (Stone Temple Pilots), Jamiroquai ou, até mais recentemente, Gabriela Cilmi fizeram referências a Barbarella em temas dos seus álbuns ou utilizaram cenas do filme para videoclips das suas músicas.
Desde 2007 que está para ser gravado um «remake» que será produzido por Dino e Martha De Laurentis que escolheram como argumentistas Neal Purvis e Robert Wade (os mesmo de «007: Casino Royale»). No entanto, talvez por ainda não haver consenso quanto ao realizador e à actriz para desempenhar o papel de Barbarella, este ainda não saiu do papel para os estúdios.







 Fomte: http://obviousmag.org/archives/2010/08/barbarella_o_filme.html

A CIDADE DAS MULHERES

La Città Delle Donne, 1980
           Assistir a um filme de Fellini é como ter um sonho erótico polido, sem, contudo deixar de lado a obsessão pelo sagrado feminino. Exorcizado de padrões de beleza, que dão lugar as mais puras fantasias. Há de se dizer que a imagética feminina na visão de Fellini é dotada de misticismo. Figuras femininas aos montes, idolatradas a enxame de deusas em imagens que beiram ao inconsciente. O alter ego de Fellini (Marcello Mastroianni) representa o sexo masculino como um ser inadaptável num meio hipnótico e alucinante, dominado em quantidade pelas mulheres. No entanto, o homem não representa o Patinho Feio ou a interferência externa que compromete a perfeição da obra. O homem – e aqui me refiro a todo ser do sexo masculino - é a peça que dá sentido aos questionamentos femininos, sem com isso, tentar entende-los. Enquanto elas dominam, impõem suas vontades e desejos mais profanos, o homem assiste a tudo inerte, confuso e atordoado, porém maravilhado e entorpecido pelo espetáculo circense, espetáculo que só muitas mulheres livres de quaisquer princípios de condutas éticas e morais, reunidas num ambiente onde as leis da física não imperam podem oferecer.
        Fellini não nos presenteia com uma visão machista, nem tampouco feminista. Ele demonstra metaforicamente a visão que o homem tem da mulher e a posição social que elas assumem perante o homem, onde o homem é ora reverenciado ora julgado e a mulher é revolucionária, dotada de liberdade e poderes punitivos. Em A Cidade das Mulheres, Fellini – Mastroianni – Snapóraz se encanta por uma bela ragazza em um trem e ao descerem ele a segue pela floresta, entrando num prédio lotado de mulheres que participavam de uma convenção feminista. A partir daí, nem mulher nem homem é perdoado. Todos são estereotipados assumindo ambiguamente títulos de vitimas e culpados. A liberdade narrativa com uma falta total do senso de realidade permite representar exageradamente o conflito dos sexos, expondo os dois lados sob a ótica do sexo menos favorecido em quantidade: um homem em crise de meia idade, receoso a entender o universo feminino, que a toda hora busca fugir daquilo que ele caracteriza como um pesadelo.
          As mulheres de Fellini são as que ele vê em seus sonhos, por isso, são caricatas e estereotipadas. É assim que ele conseguia percebê-las. E de que forma melhor para mostrar a realidade do que num modelo que estabelece um padrão? Daí vem a imagem das feministas lésbicas que enquanto exemplificam a forma com que os homens subjugam as mulheres, procuram de forma animalesca novos nomes para a “Prometida”, da mulher oprimida que assume diversas tarefas no lar enquanto cumpre suas obrigações matrimoniais para com seu senhor, das adolescentes punks que levam o “tio” Mastroianni à beira de um ataque de nervos e as mulheres maduras, misteriosas, envolventes, cuja sabedoria causa medo. A esposa de Snáporaz mostra a dualidade da esposa prisioneira de sua própria condição e do homem que se sente impelido a trair frente a infelicidade da esposa.
É comum relacionar a estrutura de sonho como uma loucura grotesca, sem qualquer brecha para entender os objetivos do realizador. De fato, esse seja o filme de Fellini menos abastado de um alicerce narrativo. Não é a toa que é um dos seus últimos filmes, que a um espectador que o encare de forma pragmatica e gradual, nada verá além de uma mistura de imagens sem rigor e sem método, tal qual um sonho. Talvez a forma de dominar a estrutura filmica de Fellini seja encarar suas obras como divertidas fantasias.






Titulo original: La Cittá Delle Donne
Ano de Lançamento: 1980
Gênero: Fantasia
País: Itália
Direção: Federico Fellini

Fonte: http://cinefiliacultura.blogspot.com/2010/12/cidade-das-mulheres.html

SERÁ QUE EU VOU VIRAR BOLOR?


by ARNALDO BAPTISTA

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

GALINHA - D'ANGOLA

Numida meleagris
A galinha-d'angola (Numida meleagris), também conhecida por: galinha-do-mato, capote, capota,  sakué, guiné, pintada ou fraca é uma ave da ordem dos Galliformes, originária da África e introduzida no Brasil, pelos colonizadores portugueses, que a trouxeram da África Ocidental.

No Brasil, a ave é conhecida por vários nomes, dependendo da região, sendo chamada de cocá, "guiné", tô fraco ou angolista, ou ainda, erroneamente, de galinhola. É conhecida também por servir de oferenda em alguns rituais, especialmente para Oxum.

Com a domesticação, a galinha d'angola passou por várias selecções e melhoramentos, devido a isso em relação a coloração da plumagem encontram-se cerca de 30 variedades. A mais comum é a pedrês - cinza com bolinhas brancas. Existem ainda as inteiramente brancas e as pampas, resultado do cruzamento das primeiras. Também existem as cinza-azuladas e as pretas, menos comuns. E ainda existem outras variações mais raras. São também conhecidas pelo nome de capote devido a plumagem.

Tem bicos curtos e fortes, próprios para ciscar.

Possui difícil dimorfismo sexual. Com cerca de três meses, o macho já apresenta uma crista pronunciada para a frente, como um chifre; na fêmea, essa crista é mais arredondada. A barbela costuma ter forma arredondada nos machos e nas fêmeas mais triangular. O canto é a principal característica que permite diferenciar machos de fêmeas, já que o famoso "tô fraco" é vocalizado apenas pelas fêmeas, a vocalização dos machos possui um tom mais forte e mais alto.
As aves ficam nervosas facilmente. São extremamente agitadas, muitas vezes chegando ao stress. São aves de bando: vivem em bandos, locomovem-se em bandos e precisam do bando para se reproduzir, pois só assim sentem estímulo para o acasalamento. E, como grupo, são organizadas. Cada grupo tem seu líder, o que é fácil de constatar no momento em que se alimentam: o líder vigia enquanto seus companheiros comem e, só depois de verificar que está tudo em ordem, é que começa a comer.

São aves rústicas e fáceis de criar, excepto num ponto: deixadas soltas, escondem os ninhos com o requinte de botar os ovos em camadas e ainda cobertos por palha ou outro material disponível.


As galinhas-d'angola não são boas mães, raramente entrando no choco. Fazem posturas conjuntas, com ninhadas de até quarenta ovos dispostos em camadas. Desta forma, somente os ovos de cima recebem o calor da ave e descascam. São inquietas e arrastam os pintos para a humidade, podendo comprometer a sobrevivência deles. Em criações em cativeiro, é recomendável recolher os ovos e colocá-los em incubadoras ou deixá-los serem chocados por uma galinha.

Na hora do acasalamento a iniciativa é da fêmea. O período de Abril a Agosto (intervalo de postura) é aquele em que as aves estão mais sociais, vivendo em grandes grupos, e no qual trocam as penas. No final dessa fase, vão escolhendo seus pares (duas fêmeas para um macho), depois ocorrem os acasalamentos. O período principal de postura vai de Setembro a Março, com uma média de setenta a oitenta ovos cada fêmea.

Fotos de Ricardo Silva

Fonte: Wikipédia

POEMAS SOLTOS DE VIDA E MORTE

Por Ticiana Vasconcelos Silva

Fui fraca na vida.
Perdi minha confiança em gestos covardes.
Hesitei diante da sorte.
Sonhei com a simplicidade da essência humana.
Deitei-me em camas vazias, sombrias.
Submissa da paixão.
Rainha do amor alheio.
Meu coração é pedra em água fervente.
Meu sangue é nobre. Vem da nobreza da genialidade.
Sou herdeira dos sonhos não alcançados, dos ideais não formulados.
A morte é fascinante.
É o começo daquilo que não terminou.
A vida é seu objeto de desejo. Sua esperança de viver.
A minha é de morrer.
Correr pelos campos escuros do mistério.
Se ainda fosse o que você queria...
Marionete, objeto, manipulada, dissimulada...
Perdi-me disso. Nem isso sou.
Minha moeda é pão.
Minha esmola é penetração.
Perdi a pulsação...
Vivi sem morrer.
Morri sem viver.


Fonte: http://paradoxodoser.blogspot.com/

SOLDA VÊ TV

SOLDA

Fonte: http://cartunistasolda.com.br/2011/08/03/dibujo-754/

DEFESA




Fotos de Ricardo Silva