quarta-feira, 31 de julho de 2013

FERNANDO PESSOA


    Cai amplo o frio e eu durmo na tardança
    De adormecer.
    Sou, sem lar, nem conforto, nem esperança,
    Nem desejo de os ter.


    E um choro por meu ser me inunda
    A imaginação.
    Saudade vaga, anônima, profunda,
    Náusea da indecisão.


    Frio do Inverno duro, não te tira
    Agasalho ou amor.
    Dentro em meus ossos teu tremor delira.
    Cessa, seja eu quem for!




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