segunda-feira, 30 de junho de 2008

ENSAIO FOTOGRÁFICO



fotos: ricardo silva


JEAN "MOEBIUS" GIRAUD

Moebius


Jean Giraud nasceu em Paris no dia 8 de maio de 1938. Seus pais se divorciaram três anos depois e Giraud (mais tarde também conhecido como Gir ou Moebius) foi morar com os avós maternos, onde teve contato com os grandes ilustradores da virada do século, como Gustave Dore e, também, com as histórias em quadrinhos publicadas nos jornais. Durante sua infância já demonstrava uma paixão pelos quadrinhos, copiando personagens das histórias em quadrinhos e criando seus próprios personagens.
Aos 16 anos, iniciou seu único curso técnico na Escola de Artes Aplicadas de Paris. Neste mesmo ano produziu sua primeira tira de quadrinhos: um faroeste chamado Les Aventures de Franck et Jéremie para a revista Far West, uma das muitas revistas editada pela Marijac e conheceu Jean-Claude Mézières, outro fã de histórias em quadrinhos, que lhe abriu as portas para a publicação católica Coeurs Vaillants, onde ele ilustrou várias histórias didáticas e realistas. Dois anos depois foi convocado pelo exército, mas continuou a desenhar para a revista militar 5/5.
Dispensado em 1960, Giraud tornou-se assistente de Joseph Gillain (Jijé) na série de faroeste Jerry Spring. Como ele mesmo admite, esta provou ser a melhor escola de arte que já freqüentou. Em 1961, ele parou de trabalhar com Jijé e começou a fazer História das Civilizações, uma publicação do Estúdio Hachette, onde ficou até 1963, quando criou (com o roteirista Jean-Michel Charlier) uma série de faroeste chamada Fort Navajo, publicada na revista Pilote, que, no seguinte, mudou de título: Lieutenant Blueberry. Em 1963, também colaborava na revista de sátiras Hara-Kiri, onde publicou suas primeiras histórias com o pseudônimo de Moebius. Nesta mesma época, usando seu outro pseudônimo ("Gir"), criou outras histórias em quadrinhos num estilo experimental. Em janeiro de 1973, os alter-egos de Giraud se cruzaram quando a revista Pilote publicou "La Deviation", uma história surreal em preto e branco assinada por Gir, retratando as férias de... Jean Giraud!

Em 1975, junto com Jean-Pierre Dionet, Philippe Druilet e Bernard Farkas, fundou a Humanoïdes Associés e criou a revista Métal Hurlant, onde publicou suas inovadoras histórias de fantasia e ficção-científica, entre elas Arzach e A Garagem Hermética. Neste mesmo ano, Giraud foi contratado por Alexandro Jodorowsky para fazer o desenho de produção da adaptação cinematográfica do romance de Frank Herbert: Duna. Quando o projeto foi engavetado, ele foi trabalhar na produção do filme Alien, O 8º Passageiro. Em 1980, desenhou o story-board de Tron, produção dos estúdios Disney.

Em 1981, junto com Alexandro Jodorowsky, iniciou a saga de O Incal. Ainda nos anos 80, se mudou para Los Angeles e neste período "americano" publicou seus trabalhos antigos numa série de álbuns editados pela Epic Comics. Em 1985, foi para Tóquio e fez o roteiro, os cenários e os figurinos do longa-metragem de animação Little Nemo, adaptação da obra de Winsor McCay. Em 1989, ilustrou uma história do Surfista Prateado escrita por Stan Lee e também produziu uma popular série de pôsteres de super-heróis para a Marvel Comics. Em 1990, colaborou na edição especial da Dark Horse Concrete Celebrates Earth Day. Em 1997, junto com Jean-Claude Mézières, foi responsável pela concepção visual do filme "O Quinto Elemento", de Luc Besson, cujo roteiro é visivelmente inspirado na série O Incal.

Jean Giraud também já realizou vários trabalhos de ilustrações para romances e histórias de ficção-científica e foi o responsável pela edição ilustrada do livro O Alquimista do escritor Paulo Coelho.
É reconhecido ampla e justamente como um dos melhores artistas de histórias em quadrinhos na Europa e no mundo, tendo recebido inúmeros prêmios durante sua carreira.


fonte: http://www.devir.com.br/hqs/jorodowsky_moebius.php

TEM RAPARIGA AÍ ?

"Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!" 

A maioria, as moças, levanta a mão.Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são "gaia", "cabaré", e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhando uma música da banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de "forró", e Ariano exclamou: "Eita que é pior do que eu pensava". Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou. Pruma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

FONTE: Trecho de artigo de José Teles, publicado no JC Online em 07 de maio.

DJALMÃO

Na favela dois homens entram num barraco arrastando um cara pelos braços. Lá dentro, o Djalmão, um negão enorme limpa as unhas com um facão.
- Djalmão, o chefe mandou você comer o cu desse cara aí, que é para ele aprender a não se meter a valente com o nosso pessoal.
- Pode deixar ele aí no cantinho que eu cuido dele daqui a pouco. Quando o pessoal sai o rapaz diz: - Ô seu Djalmão, faz isso comigo não, depois de enrabado minha vida vai acabar, tem piedade pelo amor de Deus!! - Cala a boca e fica quieto aí!
Pouco depois mais dois homens arrastando outro cara:
- Esse ai o chefe mandou você cortar as duas mãos e furar os olhos é para ele aprender a não tocar no dinheiro da boca.
- Deixa ele aí que eu já resolvo.
Daí a pouco chega outro pobre coitado:
- Djalmão, esse o chefe quer que você corte o pinto e a língua para ele não se meter com mais nenhuma mulher da favela!
- Já resolvo isso. Bota ele ali no cantinho junto com os outros.
Mais alguns minutos entra outro:
- Aí Djalmão, esse aí é pra você cortar em pedacinhos e mandar os pedaços pra família dele.
Nisso o primeiro rapaz diz em voz baixinha, baixinha:
- Seu Djalmão, por favor, com todo respeito, só pro senhor não se confundir, o cara do cu sou eu, tá?
fonte: Antonio Fininho

sexta-feira, 27 de junho de 2008

JOÃO GUIMARÃES ROSA, CENTENÁRIO

DEUS EXISTE MESMO QUANDO NÃO HÁ.
MAS O DIABO NÃO PRECISA DE HAVER PARA EXISTIR.

QUANDO TUDO ACONTECEU...


1908: Nasce João Guimarães Rosa, no dia 27 de junho, em Cordisburgo (Minas Gerais, Brasil). - 1918: Vai para Belo Horizonte estudar no Colégio Arnaldo. - 1925: Ingressa na Faculdade de Medicina de Minas Gerais. - 1929: é nomeado funcionário do Serviço de Estatística de Minas Gerais. Escreve quatro contos, premiados em concurso da revista O Cruzeiro. - 1930: Forma-se em medicina e casa-se com Lygia Cabral Pena. - 1931: Inicia carreira de médico em Itaguara. Minas Gerais. Nasce sua filha, Vilma. - 1932: Atua como médico voluntário da Força Pública, por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932. - 1933: Vai para Barbacena como Oficial Médico do 9º Batalhão de Infantaria. - 1934: Presta Concurso para o Itamarati, aprovado em 2º lugar. Nasce sua segunda filha, Agnes. - 1936: O livro de poemas Magma vence o Prêmio da Academia Brasileira de Letras. - 1937: Escreve os contos que iriam formar o futuro livro Sagarana. Concorre ao Prêmio Humberto de Campos, da Editora José Olympio. Obtém o 2º lugar. - 1938: É nomeado Cônsul Adjunto em Hamburgo. Lá conhece Aracy Moebius de Carvalho, que viria a ser sua segunda mulher. - 1942: O Brasil rompe com a Alemanha, e Guimarães Rosa é internado em Baden-Baden. Retorna ao Brasil e segue para Bogotá, como Secretário de Embaixada, permanecendo até 1944. - 1945: Viagem ao interior de Minas Gerais e excursão ao Mato Grosso. - 1946: Sagarana é publicado pela Editora Universal. O livro recebe o Prêmio Sociedade Felipe d’Oliveira. Rosa é nomeado chefe de gabinete do ministro João Neves da Fontoura e vai a Paris como membro da delegação à Conferência de Paz. - 1947: Publicação da reportagem poética Com o Vaqueiro Mariano, no jornal Correio da Manhã, Rio de Janeiro. - 1948: Está novamente em Bogotá como Secretário-Geral da delegação brasileira à IX Conferência Inter-Americana. - 1948/51: 1º Secretário e Conselheiro da Embaixada em Paris. Volta ao Brasil como Chefe de Gabinete de João Neves da Fontoura. - 1952: Retorna aos seus "gerais" e participa de uma viagem pelo sertão. - 1953: torna-se Chefe da Divisão de Orçamento. - 1956: Publica Corpo de Baile. Em maio, lança Grande Sertão: Veredas que irá receber os Prêmios Machado de Assis, Prêmio Carmem Dolores Barbosa e Prêmio Paula Brito. - 1957: Primeira Candidatura à Academia Brasileira de Letras. - 1961: Recebe pelo conjunto da obra o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras. - 1962: Publica Primeiras Estórias. No Itamarati, assume a Chefia do Serviço de Demarcação de Fronteiras. - 1963: Candidata-se pela segunda vez à Academia Brasileira de Letras, e é eleito por unanimidade a 8 de agosto. - 1965/66: Seus livros são traduzidos no exterior (França, Itália, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Polônia, Holanda e Checoslováquia). - 1967: Representa o Brasil no I Congresso Latino-Americano de Escritores, como vice-presidente. Publica Tutaméia – Terceiras Estórias. Em 16 de novembro, toma posse na Academia Brasileira de Letras. Falece a 19 de novembro, vítima de enfarte. - 1968: É publicado o volume Em Memória de João Guimarães Rosa, pela Ed. José Olympio. - 1969/70: São publicados postumamente os livros Estas Estórias e Ave, Palavra.

Marília Librandi Rocha

fonte: http://www.vidaslusofonas.pt/joao_guimaraes_rosa.htm

ISABELLE ADJANI, PARABÉNS

Isabelle Yasmine Adjani (Paris, 27 de junho de 1955) é uma atriz francesa; já foi indicada duas vezes ao Oscar e premiada quatro vezes com o César, o mais importante troféu do cinema europeu.

Biografia
Filha de pai argelino e mãe alemã, foi estimulada a atuar desde jovem, atuando no teatro amador já aos doze anos de idade. Apareceu no seu primeiro filme aos 14 anos.
Após atuar em papéis secundários , foi sucesso de público e crítica pela sua atuação no filme La Gifle (O Tapa), de 1974. No ano seguinte, conseguiu seu primeiro papel principal em A História de Adele H, de François Truffaut, em que faz o papel da filha do escritor Victor Hugo. Por este filme, alcançou sucesso internacional, concorreu ao Oscar de melhor atriz e recebeu propostas para trabalhar em Hollywood.
Em 1981, Adjani recebeu o prêmio de melhor atriz do Festival de Cannes por sua atuação em Quarteto. No ano seguinte, recebeu o César por Possessão, em atuação considerada pelos críticos a melhor de sua carreira, senão a mais difícil, porque Adjani interpretava o papel de uma mulher frustrada que enlouquecia aos poucos. Em 1983, recebeu novamente o César por Ronda Mortal.
Em 1989, co-produziu e estrelou Camille Claudel, a trágica história da mulher do escultor francês Auguste Rodin, que lhe valeu o terceiro César e mais uma indicação ao Oscar de melhor atriz. O filme também concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro. No mesmo ano, a revista americana People incluiu-a entre as 50 mulheres mais bonitas do mundo. A partir daí, trabalhou esporadicamente como modelo.
Em 1994, conseguiu seu quarto César pelo papel-título de Rainha Margot, um feito nunca antes conseguido por um ator francês.
Adjani tem dois filhos, Barnabé, de seu casamento com Bruno Nuytten, e Gabriel-Kane, de sua tempestuosa relação com o ator britânico Daniel Day-Lewis. Quando Gabriel-Kane nasceu, ela já havia terminado havia alguns meses seu casamento de cinco anos com Day-Lewis. Esteve também envolvida com o compositor Jean Michel Jarre.


fonte: Wikipédia

ENSAIO FOTOGRÁFICO



fotos: ricardo silva


MANUELA

foto: ricardo silva

BILL GATES


Bill Gates se despede da Microsoft

Conheça melhor o fundador da Microsoft, que está se despedindo do dia-a-dia da empresa.
Praticamente todas as pessoas sabem quem é Bill Gates, mas poucos conhecem mais sobre ele, além do fato de ter fundado a Microsoft e ser um dos homens mais ricos do mundo.Bill Gates chama-se William Henry Gates III e nasceu em Seattle no dia 28/Out/1955. Ele tem uma irmã mais velha (Kristianne) e uma irmã mais nova (Libby). Aos 13 anos Gates entrou na Lakeside School. Ali ele conheceu Paul Allen e teve o primeiro contato com algo parecido com um computador: um terminal de teletipo da GE. Gates ficou fascinado por aquela "máquina" e dali em diante ele começou a estudar BASIC. Em seguida Gates teve contato com um minicomputador da DEC, e com isso ele também estudou FORTRAN, LISP, Assembler e COBOL.

Com apenas 17 anos, Gates e Allen fundaram a Traf-O-Data, e criaram um sistema desenvolvido por eles para ajudar na análise do trânsito com uso de cartões perfurados. A empresa faturou US$ 20 mil, mas depois que os clientes souberam da idade de Gates, o negócio desandou.Gates fez o SAT (teste de admissão nas universidades americanas) e obteve 1590 pontos dentre 1600 possíveis. Com isso, ele entrou em Harvard aos 18 anos, mas abandonou os estudos dois anos depois para se dedicar a uma pequena empresa que ele abrira com Paul Allen: a Micro-Soft. Em Harvard ele também conheceu Steve Ballmer, que faria parte da empresa alguns anos mais tarde.Apenas um ano após a sua fundação, Gates decidiu tirar o hífen do nome da empresa e registrou a Micro-Soft como Microsoft, no dia 26/Nov/76. Gates e Allen desenvolveram uma versão do BASIC que fez muito sucesso, mas Gates ficou irritado ao notar que o produto era copiado livremente. Com isso, ele escreveu uma "carta aberta" a todos os programadores para que não pirateassem o software da Microsoft. Em seguida a IBM contratou a Microsoft para desenvolver uma versão do BASIC para um produto que eles iriam lançar: o IBM Personal Computer, ou IBM-PC, que depois foi chamado somente de PC, e o resto todos sabem o que houve.

Gates se casou em 01/Jan/1994 com Melinda French (ex-funcionária da Microsoft e responsável pelo desenvolvimento do Microsoft BOB) e tiveram três filhas. Em 2000 ele criou a Bill & Melinda Gates Foundation (B&MGF), que se transformou na maior Fundação dedicada à caridade do mundo. Gates anunciara que doaria 99% da sua fortuna quando em vida e atualmente a Fundação tem quase US$ 39 bi, pois Warren Buffett (uma das pessoas mais ricas do mundo) anunciou em 2006 que doaria 85% da sua fortuna para a Fundação de Gates. A Bill & Melinda Gates Foundation é tida como uma das Fundações mais transparentes do mercado, uma vez que todos os seus gastos são públicos. Bill Gates anunciou em Junho de 2006 que dois anos depois ele deixaria o comando da Microsoft para se dedicar à filantropia, e desde então todos perguntaram: quem iria substitui-lo? A resposta foi simples: Steve Ballmer, Ray Ozzie e Craig Mundie. Steve Ballmer está no comando da Microsoft desde 2000, e Ozzie e Mundi são profissionais tarimbados:Ozzie começou a trabalhar na Microsoft em 2005 como Chief Technical Officer, logo após Microsoft comprar Groove Networks, empresa fundada por ele em 1997. O executivo também fundou e presidiu a Iris Associates, onde criou e liderou o desenvolvimento do Lotus Notes e posteriormente colaborou no desenvolvimento do Lotus Symphony. Atualmente está a frente do Live Mesh, projeto cujo anúncio em beta foi feito recentemente e que tem a proposta de interconexão entre todos os devices: PC, mobile, videogame etc. Mundie está na Microsoft desde 1992 e foi o criador da área de produtos de consumo da empresa. Ele desenvolveu softwares para plataformas não ligadas a PCS, como Windows CE, software para o handheld Pocket e Auto PCs e games para console. Mundie também iniciou as atividades da Microsoft na área de TV Digital. Desde 2000 o executivo faz parte do Comitê Nacional de Aconselhamento de Segurança em Telecomunicações dos Estados Unidos. Ele aconselhou a Casa Branca em problemas de segurança que podem afetar a infra-estrutura de telecomunicação das nações.
Título de Cavaleiro recebido por Gates das mãos da Rainha da Inglaterra, por sua dedicação a causas sociais.

Mesmo tendo anunciado a sua aposentadoria da Microsoft, na prática Bill Gates continuará dedicando 20% do seu tempo (um dia por semana) para assuntos relativos à Microsoft. Ele continua a atuar como chairman da Microsoft e conselheiro no desenvolvimento de projetos-chave. Ele somente não estará nas decisões do dia-a-dia e dedicará mais tempo e energia ao seu trabalho relacionado à saúde e educação na Fundação Bill & Melinda Gates.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

INGMAR BERGMAN FESTIVAL



Quatro dias para entender Ingmar Bergman

Começa hoje e vai até domingo, na Suécia e na Ilha de Farö, a programação anual em torno da obra do grande cineasta.

Luiz Carlos Merten

Assim como Monument Valley é considerado um solo sagrado do cinema, pois mestre John Ford rodou na reserva em Utah seus maiores westerns ­- e alguns dos maiores filmes do cinema -, também a ilha de Farö, na Suécia, deveria ser tombada como patrimônio dos cinéfilos de todo o mundo. Afinal, foi lá que se isolou Ingmar Bergman, o grande cineasta - autor - que morreu no ano passado. Bergman não apenas viveu em Farö. Ele transformou a ilha em cenário de grandes filmes que estão encravados no imaginário dos cinéfilos. Farö e a Suécia retribuem. Um seleto grupo de oito convidados internacionais, incluindo jornalistas e curadores de mostra - dois de São Paulo, dois de Los Angeles, dois de Nova York e dois de Frankfurt - foram especialmente convidados pelo Instituto Sueco de seus países a participar da Semana Bergman, que começa hoje.


Cena do filme "O sétimo selo"

O evento surgiu quando Bergman ainda estava vivo, há alguns anos. É constituído de encontro, debates e projeções. Bergman no início era cético, mas depois ele próprio passou a prestigiar os ‘espetáculos’ - como os definia - construídos em torno de sua pessoa. No ano passado, já debilitado, ele não pôde prestigiar a ‘sua’ semana, mas manifestou o desejo de que ela prosseguisse. A deste ano é a primeira após sua morte (em 30 de julho de 2007). E na verdade, não será bem uma semana, mas quatro dias intensos, de hoje a domingo, reunindo especialistas e curiosos, todos interessados em discutir a obra de um dos maiores artistas do cinema. A Semana Bergman de 2008 tem uma madrinha. É a diretora alemã Margarethe Von Trota.Foi em 1995 que o Festival de Gotenburgo pediu a Bergman que fizesse uma lista de seus dez filmes favoritos.


A lista terminou sendo de 11 filmes, e um deles foi o drama sobre terrorismo na Alemanha, The German Sisters, assinado por Margarethe, ex-mulher do também diretor Volker Schlondorff. Com Bergman, ela foi uma das fundadoras da Academia Européia de Cinema e agora vai a Farö para um encontro muito especial, hoje à tarde. O programa da semana prevê uma ‘conversation’ (uma conversação) com Margarethe Von Trota - sobre Bergman, naturalmente,A semana começa oficialmente amanhã, pela manhã, com a especialista Birgitta Steene falando sobre o papel da criança no cinema de Bergman. À tarde, após o encontro com Margarethe Von Trota, haverá uma exibição da versão restaurada de Summer Interlude, de 1951, considerado um trabalho preparatório para o mais famoso - e admirável - Mônica e o Desejo. No sábado, o professor Egil Törnqvist, da University de Amsterdã, fala da paixão de Bergman por A Carroça Fantasma, clássico silencioso de Victor Sjostrom - que, no fim dos anos 50, interpretou o professor Borg da obra-prima Morangos Silvestres. O dia prevê uma visita aos locais que o grande diretor filmou em seu documentário, Farö. Na seqüência, o fotógrado Bengt Wanselius mostrará seu making of de Sarabanda, seqüência de Cenas de um Casamento (lançado somente em DVD, pela Sony, no Brasil).
Domingo será um dia muito especial. A Editora Taschen antecipa seu álbum sobre Bergman, mostrando fotos inéditas e reunindo os editores Wanselius e Paul Duncan, que vão explicar o conceito da publicação. À noite, haverá projeção especial, com música ao vivo, de A Carroça Fantasma, que o próprio Bergman considerava seu filme preferido. À revista francesa Positif, em uma de suas últimas entrevistas, ele confessou que todo ano cumpria um ritual. Logo após o réveillon, iniciava o ano - e foram anos a fio - revendo o clássico de Victor Sjostrom. Numa Semana Bergman, nada melhor - ou apropriado - do que reverenciar o filme que o próprio autor colocava em seu panteão e que reverenciava como bíblia do cinema.

MULHER


Monica Bellucci


GILBERTO GIL, PARABÉNS

26/06/1942

PONTOS DE VISTA

ilustração de Gustave Doré

História de Chapeuzinho Vermelho


JORNAL NACIONAL (William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...'. (Fátima Bernardes): '... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia'.
PROGRAMA DA HEBE (Hebe Camargo): '... que gracinha gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'
BRASIL URGENTE (Datena): '... onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.'
REVISTA VEJA Lula sabia das intenções do lobo.
REVISTA CLÁUDIA Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.
REVISTA NOVA Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.
FOLHA DE S. PAULO Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.
O ESTADO DE S. PAULO Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.
O GLOBO Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente.
ZERO HORA Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.
AGORA Sangue e tragédia na casa da vovó.
REVISTA CARAS (Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte) Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa'
PLAYBOY (Ensaio fotográfico no mês seguinte) Veja o que só o lobo viu.
ISTO É Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.
G MAGAZINE (Ensaio fotográfico com lenhador) Lenhador mostra o machado.
SUPER INTERESSANTE Lobo mau! Mito ou verdade ?
DISCOVERY CHANNEL Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.

fonte: internet

quarta-feira, 25 de junho de 2008

CHARGE

charge: SAN

JT CENSURADO

Jornal da Tarde é censurado Liminar concedida ontem impediu a publicação de reportagem sobre supostas irregularidades cometidas no Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Juristas e representantes de entidades de classe consideraram a decisão censura prévia FELIPE GRANDIN, felipe.grandin@grupoestado.com.br Passados quase 40 anos da adoção do AI-5, que marcou o início do período mais duro do regime militar, o Jornal da Tarde volta a ser vítima de um ato de censura. Liminar concedida ontem pelo juiz-substituto Ricardo Geraldo Rezende Silveira, da 10ª Vara Federal Cível de São Paulo, proibiu a publicação de reportagem sobre supostas irregularidades cometidas pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) - que estão sendo apuradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).A liminar foi entregue ontem às 20h na redação do JT por Cláudia Costa, advogada do Cremesp. Sua autenticidade foi confirmada pela Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça. O juiz não foi encontrado para comentar a decisão.A reportagem estava apurando as denúncias quando foi surpreendida pela liminar. Primeiro, foi avisada por telefone pela assessoria de imprensa do órgão e, depois, a cópia do documento foi entregue pessoalmente pela advogada.Ontem à tarde, em entrevista, o presidente do Cremesp, Henrique Carlos Gonçalves, insinuou que poderia processar o JT, caso as denúncias fossem publicadas. “Qualquer divulgação (...) que venha a macular a imagem da instituição, evidentemente, o difamador nós vamos processar e quem, evidentemente, fizer a propalação desta difamação. Com processo civil e com processo-crime.” E justificou: “Não é nada pessoal. É uma instituição pública que tem que manter esse status.”Horas depois, chegou o parecer do juiz. Silveira decidiu atender o pedido do Cremesp. A alegação do órgão era de que “as supostas irregularidades não se sustentam” e que havia “intuito político da reportagem, ante o processo eleitoral em que se encontra a autarquia”. A eleição da nova diretoria do conselho será em agosto.O magistrado ainda intimou o Grupo Estado, do qual o JT faz parte, a “prestar esclarecimentos” no prazo de 72 horas. E suspendeu a publicação da reportagem “até ulterior determinação deste Juízo”. fonte: http://www.jt.com.br/editorias/2008/06/25/

GUSTAV KLIMT


AUGUSTO DOS ANJOS


O MORCEGO


Meia-noite, ao meu quarto me recolho.
Meu Deus ! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho

” Vou mandar levantar outra parede …”
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre minha rede

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A consciência humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto.


FONTE: www.dominiopublico.gov.br

UMA IMAGEM

foto: ricardo silva

F.I.G. 2008

Festival de Inverno de Garanhuns 2008
Finalmente saiu a programação do FIG 2008, é só acessar o site: http://www.fig.com.br/ e verificar atrações como: Paulinho da Viola, Nação Zumbi, Lobão, Pitty, Zeca Baleiro e muito mais. Confira.

SIDNEY LUMET, PARABÉNS

Sidney Lumet

Realizador norte-americano, Sidney Wermus Lumet nasceu a 25 de Junho de 1924, em Filadélfia. Filho de um actor e de uma bailarina, estreou-se artisticamente aos 4 anos, numa rádio judaica de Nova Iorque. Durante a década da Grande Depressão, foi actor infantil nos palcos da Broadway e chegou mesmo ao cinema com um pequeno papel no drama One Third of a Nation (1939). Em 1947, fundou um grupo teatral formado por ex-alunos do Actor's Studio de Lee Strasberg, entre os quais se contavam Yul Brynner. Em 1950, foi convidado para entrar para os quadros da estação televisiva CBS, tendo trabalhado como realizador de séries e teledramáticos. Impressionado pelo seu trabalho, Henry Fonda convidou-o a dirigir Twelve Angry Men (Doze Homens em Fúria, 1957), um drama de tribunal que se tornaria um filme de culto e valeu a Lumet a sua primeira nomeação para o Óscar de Melhor Realizador. A história de 12 jurados que deliberam sobre o grau de culpa de um jovem que é acusado de ter assassinado o seu pai, em que só um deles (Fonda) acredita na sua inocência, espantou os cinéfilos pela sobriedade da realização e pelo clima de tensão que o argumento proporciona. A brilhante direcção de actores feita por Lumet verificou-se na adaptação da peça de Eugene O'Neill Long Day's Journey Into Night (Longa Viagem Para a Noite, 1962): protagonizado por Katherine Hepburn, Ralph Richardson e Jason Robards, o filme não conseguiu disfarçar o gosto de Lumet pela teatralidade cinematográfica. Depois de filmes como The Pawnbroker (O Agiota, 1965) dominado por uma portentosa interpretação de Rod Steiger e The Deadly Affair (Duas Plateias Para a Morte, 1967), Lumet assinou um dos títulos mais emblemáticos da sua carreira: Serpico (1973), um policial protagonizado por Al Pacino sobre um polícia nova-iorquino obcecado em denunciar o clima de corrupção que se vive na sua esquadra. Depois de adaptar à tela eficazmente Agatha Christie em Murder on the Orient Express (Crime no Expresso do Oriente, 1974), fez novamente parceria com Al Pacino em Dog Day Afternoon (Um Dia de Cão, 1975) um história baseada num facto verídico sobre um jovem homossexual que assalta um banco e faz reféns com o objectivo de angariar fundos para uma operação de mudança de sexo do seu namorado. O êxito do filme contribuiu-lhe para uma nomeação para o Óscar de Melhor Realizador, feito que repetiu no ano seguinte com Network (Escândalo na TV, 1976), uma crónica descritiva da falta de ética no mundo da televisão. Depois de sucessos como Equus (1977), que permitiu a Richard Burton uma extraordinária interpretação e Prince of the City (O Príncipe da Cidade, 1981), fez uma crítica acérrima ao mundo da advocacia com The Veredict (O Veredicto, 1982), granjeando a quarta nomeação para o Óscar e possibilitando boas interpretações a Paul Newman e James Mason. A partir daí, enveredou numa onda de fracassos de bilheteira que englobam títulos como Deathtrap (Armadilha Mortal, 1982), Power (As Chaves do Poder, 1986), Running on Empty (Fuga Sem Fim, 1986), Family Business (Negócio de Família, 1989) e Gloria (1999).

Filmografia
2007 - Antes que o diabo saiba que você está morto (Before the devil knows you're dead)
2006 - Sob suspeita (Find me guilty)
2004 - Rachel, quand du seigneur
2004 - Strip search (TV)
1999 - Gloria - A mulher (Gloria)
1997 - O impaciente (Critical care)
1997 - Sombras da lei (Night falls on Manhattan)
1993 - Culpado como o pecado (Guilty as sin)
1992 - Uma estranha entre nós (A stranger among us)
1990 - Q & A - Sem lei, sem justiça (Q & A)
1989 - Negócios de família (Family business)
1988 - O peso de um passado (Running on empty)
1986 - Os donos do poder (Power)
1986 - A manhã seguinte (Morning after, The)
1984 - Fala Greta Garbo (Garbo talks)
1983 - Daniel (Daniel)
1982 - O veredicto (Veredict, The)
1982 - Armadilha mortal (Deathtrap)
1981 - O príncipe da cidade (Prince of the city)
1980 - Just tell me what you want
1978 - O mágico inesquecível (Wiz, The)
1977 - Equus (Equus)
1976 - Rede de intrigas (Network)
1975 - Um dia de cão (A dog day afternoon)
1974 - Lovin' Molly
1974 - Assassinato no Orient Express (Murder on the Orient Express)
1973 - Serpico (Serpico)1973 - Até os deuses erram (Offence, The)
1972 - Child's play
1971 - O golpe de John Anderson (Anderson tapes, The)
1970 - King: A film recorded... Montgomery to Memphis
1969 - Brutalidade desenfreada (Last of the mobile hot shots)
1969 - O encontro (Appointment, The)
1968 - Grotesca despedida (Bye bye braverman)
1968 - A gaivota (Sea gull, The)
1967 - Chamada para um morto (Deadly affair, The)
1966 - O grupo (Group, The)
1965 - A colina dos homens perdidos (Hill, The)
1964 - Limite de segurança (Fail-safe)
1964 - O homem do prego (Pawnbroker, The)
1962 - Longa jornada noite adentro (Long day's journey into the night)
1961 - Panorama visto da ponte (Vu du pont)
1960 - Rashomon (TV)
1960 - Iceman cometh, The (TV)
1959 - Mulher daquela espécie (That king of woman)
1959 - Vidas em fuga (Fugitive kind, The)
1958 - Quando o espetáculo termina (Stage struck)
1958 - Count of Monte Cristo, The (TV)
1958 - All the king's men (TV)
1957 - 12 homens e uma sentença (12 angry men)

Prêmios
Recebeu 4 indicações ao Oscar, na categoria de Melhor Diretor, por "12 Homens e uma Sentença" (1957), "Um Dia de Cão" (1975), "Rede de Intrigas" (1976) e "O Veredicto" (1982).- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, por "O Príncipe da Cidade" (1981). - Recebeu 5 indicações ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Diretor, por "Um Dia de Cão" (1975), "Rede de Intrigas" (1976), "O Príncipe da Cidade" (1981), "O Veredicto" (1982) e "O Peso de um Passado" (1988). Venceu em 1976.- Recebeu 4 indicações ao BAFTA, na categoria de Melhor Diretor, por "Assassinato no Orient Express" (1974), "Serpico" (1974), "Um Dia de Cão" (1975) e "Rede de Intrigas" (1976).- Recebeu 2 indicações ao BAFTA, na categoria de Melhor Filme Britânico, por "The Hill" (1965) e "The Deadly Affair" (1967).- Ganhou o Urso de Ouro, no Festival de Berlim, por "12 Homens e uma Sentença" (1957).- Ganhou o Prêmio OCIC, no Festival de Berlim, por "12 Homens e uma Sentença" (1957).- Ganhou o Prêmio FIPRESCI, no Festival de Berlim, por "The Pawnbroker" (1964).- Ganhou o Prêmio Pasinetti, no Festival de Veneza, por "O Príncipe da Cidade" (1981).- Ganhou o Prêmio Bodil de Melhor Filme Americano, por "12 Homens e uma Sentença" (1957).- Ganhou o Prêmio Bodil de Melhor Filme Não-Europeu, por "The Pawnbroker" (1964).

fontes: Sidney Lumet. In Infopédia . Porto: Porto Editora, 2003-2008.

MULHER


Paloma Duarte



CINEMA


DEATH PROOF


Realização: Quentin Tarantino. Elenco: Kurt Russell, Rosario Dawson, Vanessa Ferlito, Jordan Ladd, Rose McGowan, Sydney Poitier, Tracie Thoms, Mary Elizabeth Winstead, Zoë Bell, Michael Parks, James Parks, Quentin Tarantino, Monica Staggs. Nacionalidade: EUA, 2007.
A cicatriz que marca a cara de Stuntman Mike (Kurt Russell) é o que ele tem de menos inquietante. Duplo de filmes e séries de televisão dos anos 70, ele distrai-se a utilizar o seu carro Chevy Nova “à prova de morte” para matar belas jovens.
“Death Proof” é um slasher movie misturado com o típico filme de perseguições. Uma homenagem, tal como “Kill Bill” o tinha sido para os filmes de kung-fu.
Aqui existem mulheres bonitas (uma especial nota para quem tenha um foot fetish) e carros cheios de estilo. As referências aos anos 70 são inúmeras, quer as estéticas, como a fotografia de Brigitte Bardot cuja pose é emulada por Jungle Julia, quer as cinematográficas, como o evidente “Vanishing Point” (1971). Mas, ao mesmo tempo, Tarantino faz questão de se descolar de um tempo fixo, e dá-nos telemóveis e carros figurantes totalmente actuais.
A estrutura do filme divide-se em duas partes, separadas cronologicamente por alguns meses e por dois grupos diferentes de jovens mulheres. O primeiro é composto por Jungle Julia (Sydney Poitier, filha do actor Sidney Poitier), Arlene (Vanessa Ferlito), Shanna (Jordan Ladd, filha da Charlie’s Angel Cheryl Ladd) e Lanna Frank (Monica Staggs), jovens arrogantes com vontade de beber uns copos, fumar alguma erva e divertirem-se. Do segundo grupo fazem parte Kim (Tracie Thoms), Abernathy (Rosario Dawson), Lee (Mary Elizabeth Winstead) e Zoë (Zoë Bell, a dupla de The Bride em “Kill Bill”, aqui interpretando-se a si mesma), mulheres temperamentais decididas a experimentar as potencialidades de um Dodge Challenger R/T de 1970, o mesmo modelo usado em “Vanishing Point”.
Ainda à semelhança de “Kill Bill”, “Death Proof” é também um filme sobre a vingança. Mas em contraste com exploração sexual típica deste género de filmes, Tarantino dá uma inusual força às mulheres, estabelecendo um ritmo crescente, que vai desde os intensos diálogos (tarantinescos) da primeira parte à intensa acção física da parte final. A violência e o gore assumem aqui um deliberado estilo anos 70, com fotografia granulosa, cores gastas, película com riscos, mudanças de bobine e cortes propositados na montagem.
Tarantino rodeia-se de elementos familiares, desde o toque do telemóvel "Twisted Nerve" de Bernard Herrmann, que acompanhou a arrepiante caminhada de Daryl Hannah em “Kill Bill Vol.1”, até ao carro amarelo com barras pretas, “vestido” exactamente igual a Uma Thurman. Também de “Kill Bill Vol.1” vêm os agentes McGraw, pai e filho interpretados, respectivamente, por Michael e James Parks. As paredes estão repletas de posters, e apetece parar cada frame e analisar com atenção todos os detalhes, sabendo de antemão que todos eles foram pensados com extrema minúcia.
E para quem se canse do carácter ‘self-conscious’ das excessivas referências, ou ache insuficiente a moralidade subjacente do “cá se fazem cá se pagam”, basta deixar-se inebriar pelo sentimento de perigo real providenciado pela incrível perseguição final, onde o CGI não tem lugar e onde Zoë Bell é simplesmente impressionante.
Uma nota ainda para a sempre boa selecção de banda sonora, de onde destaco JEEPSTER dos T-Rex, HOLD TIGHT dos Dave Dee Dozy Beaky Mick and Titch e, para terminar, a viciante CHICK HABIT de April March (versão da música de Serge Gainsbourg “Laisser Tomber les Filles” popularizada por France Gall).
“Death Proof” foi idealizado para ser apresentado em sessão dupla em conjunto com o filme “Planet Terror”, o filme de Robert Rodriguez que entre nós deverá estrear em Setembro. Espero, pelo menos, que “Death Proof” seja reposto nessa altura para permitir que a experiência seja feita na sua totalidade. Ainda assim, como obra individual (e com a vantagem de termos ganho 27 minutos face à versão americana) “Death Proof” é imperdível.

terça-feira, 24 de junho de 2008

MEDO

desenhos e montagem: ricardo silva

AMIGO URSO

Ativistas da província de Orissa, na Índia, pedem a libertação de Ram Singh Munda, de 35 anos, que foi preso na última semana por ter adotado um urso para fazer parte de sua família. Ram teria considerado o filhote de urso uma boa companhia para sua filha de seis anos, que havia acabado de perder a mãe.
Ativistas defendem que Ram, analfabeto, desconhece a legislação que proíbe a domesticação de animais selvagens e nunca explorou o animal para fins comerciais.
O urso foi encaminhado a um zoológico, onde está isolado e se recusa a comer, e a filha de Ram está em um orfanato estatal.

Ram Singh Munda encontrou o urso órfão e o domesticou para fazer companhia à filha de seis anos, que havia perdido a mãe (Foto: Associated Press)

fonte: G1

NAVE ERRANTE

Guilherme Arantes Minha casa é uma nave E eu trafego só Sem contatos com vivalma No silêncio frio das trevas Na jornada uma pane Eu não volto mais Vou através da galáxia Se não entrar em alguma órbita Oh Terra, oh Terra Onde é que estou Me sinto sempre mais distante Oh terra, oh terra Onde é que estou Fechado nesta nave errante, errante Oh Terra, oh Terra São cruéis os milenares astros Com seres mortais Eles não se importam muito comigo Por que são velhos demais Oh Terra, oh Terra Onde é que estou...

ZÉ DO CAIXÃO & DRÁCULA

José Mojica Marins e Christopher Lee

ROLAND TOPOR

Roland Topor (Paris, 7 de janeiro de 1938 — Paris, 16 de abril de 1997) foi um pintor, escritor e ator francês, conhecido pela natureza surrealista de seu trabalho. Ele era descendente de judeus poloneses que se refugiaram na França fugindo do nazismo.


Literatura
A obra literária mais famosa de Topor é o romance "O Inquilino" ("Le Locataire Chimérique"), publicado pela primeira vez em 1964. O livro conta a história de um parisiense, descendente de poloneses, que aluga um apartamento e começa a ter problemas depois da mudança. O livro explora os temas da alienação e identidade, e faz perguntas perturbadoras sobre como definimos quem somos.
O livro foi adaptado na forma de filme pelo diretor polonês Roman Polanski, em 1976.

Cinema
Roland Topor trabalhou em diversos filmes de animação, em parceria com o diretor francês Rene Laloux. O primeiro curta da dupla foi "Les Temps Morts", de 1964, seguido por "Les Escargots", em 1965.
Seu trabalho mais famoso foi o longa-metragem "La Planète Sauvage", de 1973. O filme mostra um planeta habitado por gigantescos humanóides azuis que têm seres humanos como animais de estimação - história adaptada de um romance do escritor francês Stefan Wul. Topor fez o design do filme, considerado até hoje como o único longa-metragem de animação feito com essa técnica de recortes.
Topor também trabalhou no cinema, mas como ator. Seu papel mais conhecido é o de Renfield no filme Nosferatu: Phantom der Nacht, de Werner Herzog, em 1976.

Cronologia
1938 - Nasce a 7 de Janeiro em Paris, França.
1962 - Cria o Mouvement Panique com Alejandro Jodorowsky e Fernando Arrabal.
1961 a 1965 - Contibui para a revista francesa Hara Kiri.
1971 - Cria os desenhos da introdução do filme Viva La Muerte, de Arrabal.
1973 - Cria o design do filme Planéte Sauvage, de René Laloux.
1976 - Roman Polanski dirige a versão cinematográfica do romance "O Inquilino".
1979 - Faz o papel de Renfield no filme Nosferatu de Werner Herzog.
1983 - Cria a popular série de TV francea Téléchat, com Henri Xhonneux, uma paródia de telejornal apresentado por marionetes.
1997 - Morre a 16 de Abril, em Paris, vítima de uma hemorragia cerebral

UMA IMAGEM

foto: antonio fininho

ELZA SOARES, PARABÉNS


Elza Soares nasceu em 23 de Junho de 1937 no Rio de Janeiro. Filha de uma lavadeira e de um operário, foi criada na favela de Água Santa, subúrbio de Engenho de Dentro. Cantava, desde criança, com a voz rouca e o ritmo sincopado dos sambistas de morro. Aos 12 anos, já era mãe e aos 18, viúva. Foi lavadeira e operária numa fabrica de sabão e, com 20 anos aproximadamente, fez seu primeiro teste como cantora, na academia do professor Joaquim Negli, sendo contratada para cantar na Orquestra de Bailes Garan e a seguir no Teatro João Caetano. Em 1958, foi a Argentina com Mercedes Batista, para uma temporada de oito meses, cantando na peça Jou-jou frou-frou. Quando voltou, fez um teste para a Rádio Mauá, passando a se apresentar de graça no programa de Hélio Ricardo. Por intermédio de Moreira da Silva, que a ouviu nesse programa, foi para a Rádio Tupi e depois começou a trabalhar como crooner da boate carioca Texas, no bairro de Copacabana, onde conheceu Silvia Teles e Aluísio de Oliveira, que a convidou para gravar. No seu primeiro disco, gravado em 1960, pela Odeon, cantou Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins), alcançando logo grande sucesso. Esse samba fez parte de seu primeiro LP, com o mesmo titulo da música. A seguir, foi para São Paulo SP, para trabalhar no show Primeiro festival nacional de bossa nova, no Teatro Record e na boate Oásis, gravando depois seu segundo LP, A bossa negra. Em 1962, como artista representante do Brasil na Copa do Mundo, que se realizava em Santiago, Chile, cantou ao lado do representante norte-americano, Louis Armstrong. Nessa época ficou conhecendo o futebolista Garrincha, com quem casaria mais tarde. No ano seguinte, gravou pela Odeon o LP Sambossa, tendo como destaque as músicas Rosa morena (Dorival Caymmi) e Só danço samba (Tom Jobim e Vinícius de Moraes); e, em 1964, lançou pela Odeon Na roda do samba (Orlandivo e Helton Meneses), faixa-título do LP. Realizando inúmeras apresentações pelo Brasil e nas emissoras de televisão, os LPs se sucederam: em 1965, foi a vez de Um show de beleza, pela Odeon, com, entre outras, Sambou, sambou (João Melo e João Donato), e Mulata assanhada (Ataulfo Alves); em 1966, saiu pela mesma gravadora o LP Com a bola branca, onde cantou Estatuto de gafieira (Billy Blanco) e Deixa a nega gingar (Luís Cláudio). Apresentou-se, em 1967, no Teatro Santa Rosa, no show Elza de todos os sambas, e, novamente pela Odeon, gravou em 1969, o LP Elza, Carnaval & Samba, cantando sambas-enredo, como Bahia de todos os deuses (João Nicolau Carneiro Firmo, o Bala, e Manuel Rosa) e Heróis da liberdade (Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manuel Ferreira). Em 1970 foi para a Itália, apresentando-se no Teatro Sistina, em Roma, e gravando Que maravilha (Jorge Ben e Toquinho) e Mascara negra (Zé Kéti). Nesse mesmo ano, gravou o LP Sambas e mais sambas, pela Odeon, interpretando músicas como Maior é Deus (Fernando Martins e Felisberto Martins) e Tributo a Martin Luther King (Wilson Simonal e Ronaldo Bôscoli). De volta ao Brasil, em 1972, lançou, pela mesma etiqueta, o LP Elza pede passagem, onde interpretou Saltei de banda (Zé Rodrix e Luís Carlos Sá) e Maria-vai-com-as-outras (Toquinho e Vinícius de Morais), e apresentou-se no teatro carioca Opinião, no show Elza em dia de graça. Ainda nesse ano, passou uma temporada realizando um show no navio italiano Eugênio C, fez um espetáculo de duas semanas na boate carioca Number One, cantou no Brasil Export Show, realizado na cervejaria Canecão, do Rio de Janeiro, e recebeu o diploma de Embaixatriz do Samba, do conselho de música popular do Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro. Em 1973, gravou o LP Elza Soares, pela Odeon, cantando Aquarela brasileira (Silas de Oliveira) e Pranto de poeta (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito); e apresentou-se no show Viva Elza, que estreou no T.B.C., na capital paulista, e que depois foi levado em vários Estados. Nos dois anos seguintes, lançou pela Tapecar mais dois LPs, Elza Soares, com Bom-dia, Portela (Davi Correia e Bebeto de São João) e Chamego da crioula (Zé Di); e Nos braços do samba, com faixa-título de Neoci Dias e Dida. Gravou ainda Pilão+Raça=Elza (1977), Somos todos iguais (1986) e Voltei (1988). A partir de 1986, com a morte de Garrinchinha, seu filho com o jogador de futebol Garrincha (1933 – 1983), passou nove anos na Europa e nos EUA De volta ao Brasil, gravou em 1997 o CD Trajetória, só de sambas, com músicas de Zeca Pagodinho, Guinga e Aldir Blanc, Chico Buarque, Noca da Portela, Nei Lopes e outros. Nesse mesmo ano, saiu o livro Cantando para não enlouquecer, biografia escrita por José Louzeiro (Editora Globo).

Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira Art Editora e PubliFolha

DERCY GONÇALVES, 101 ANOS

foto: lino rodrigues
Dercy Gonçalves
Os vira-latas latiam assustados com o vulto que se movia na escuridão na pequinina Santa Maria Madalena, a 237 quilômetros do Rio de Janeiro. Dercy Gonçalves tinha 17 anos e estava escondida embaixo de um vagão do trem, espantando os cães para não ser descoberta. Meia hora antes, havia roubado dois mil réis do bolso da calça do pai. Encheu a cama de travesseiros para ninguém notar sua ausência e saiu em disparada. Ao raiar do dia, quando as portas do vagão de segunda classe abriram e o trem apitou, ela deslizou para dentro agarrada ao sonho de alcançar Macaé (RJ), onde pretendia se juntar a uma companhia de teatro mambembe. "Quem me criou foi o tempo, foi o ar. Ninguém me criou. Aprendi como as galinhas, ciscando, o que não me fazia sofrer eu achava bom", contou Dercy a ISTOÉ.
Amor proibido Filha de alfaiate e neta de coveiro, Dolores Gonçalves Costa (nascida a 23 de junho de 1907), ficou sem a mãe muito cedo. A lavadeira Margarida descobriu que o marido tinha uma amante. Ofendida e humilhada, arrumou as trouxas e foi para o Rio de Janeiro, largando os sete filhos para que o infiel tomasse conta. Vitória, a amante de seu Manoel, passou a frequentar a casa. "Ficavam namorando na sala, de mãos dadas. Mas papai nunca assumiu o romance. A certa altura da noite, ela ia embora." Dercy, bilheteira de cinema, escandalizava a cidade ao pintar o rosto como as atrizes dos filmes mudos. Dançava para alegrar os hóspedes do Hotel dos Viajantes em troca de um prato de comida. Na missa, de vestido de chita, cantava de pé num banquinho abraçada à imagem de Jesus. Aí se apaixonou por Luís Pontes, um rapaz de bons modos. "Foi a primeira pessoa que me deu carinho. Mas a família dele proibiu o namoro." Quando encontrou a companhia de teatro mambembe, Dercy tinha todas as razões do mundo para fugir de casa.
Em Conceição de Macabu (RJ), passou a ser assediada pelo cantor Eugenio Pascoal. "Não sabia que eu era moça, não tinha virado mulher." Só tomou coragem para se entregar quando a turnê chegou a Leopoldina (RJ), duas semanas depois. Gentil, Pascoal saiu do quarto para que ela colocasse a camisola feita de saco de arroz. Tinha até inscrito no peito: "Indústria Brasileira de Arroz Agulhinha, arroz de primeira." Os carinhos preliminares não a incomodaram, mas quando ele a penetrou Dercy deu um pulo. Viu que estava sangrando e imaginou-se ferida. "Sentei o pé nele e saí porta afora. Socorro! Esse homem me furou! Imaginei que tinha enfiado um facão e rasgado minhas tripas." Nunca mais houve clima para romance, mas eles se tornaram grandes amigos, até Pascoal morrer, tuberculoso. Pior: contagiou Dercy. Foi quando ela encontrou Ademar Martins, exportador de café mineiro, casado, muito católico. Levou-a para um sanatório perto de Juiz de Fora, aparecia uma vez por semana para vê-la e pagar a conta. Depois, instalou Dercy num hotel na praça Tiradentes, no Rio. Só então transaram pela primeira vez. Nasceu Dercimar, a única filha de Dercy. "Teve aulas de boas maneiras, aprendeu francês e casou com um quatrocentão da Tijuca. É uma dama na expressão da palavra", deleita-se Dercy.
Escola de irreverência Estrela das comédias da praça Tiradentes e das revistas musicais do Cassino da Urca, fez do palavrão cavalo de batalha. "Sou um retrato do País, que é a própria escrotidão", dispara. Ao imitar os trejeitos de Carmen Miranda, coçava o corpo todo. Ironizava o caminhar manco de Orlando Silva e fazia troça do vozeirão de Vicente Celestino. Fez 36 filmes e, a partir de 1957, entrou também na televisão. Nos anos 60, Consultório sentimental, na TV Globo, uma espécie de talk-show primitivo ela esculhambava o convidado, chegou a ter 90% da audiência dos aparelhos ligados. "Sou uma escola de irreverência." Dercy chega aos 92 anos sozinha. Casou na década de 40 com o jornalista Danilo Bastos, dez anos mais jovem. "Não era amor, e sim troca." Teve um caso tórrido com o acrobata Vico Tadei, mas amor verdadeiro, de chorar, só o Luís Pontes, o rapaz de bons modos de Madalena. "Escrevia cartas e as lágrimas caíam no papel. Mas o tempo passou e eu esqueci Luís Pontes. Ai de nós se não houvesse o esquecimento."
VOCÊ SABIA?Construiu um túmulo do lado de fora do cemitério de Madalena, porque dentro não cabia. O mausoléu tem 120 metros quadrados de mármore em forma de pirâmide. "Hoje a cidade me aplaude. Até museu fizeram para preservar a minha história."
fonte: revista ISTO É

BRASIL CAMPEÃO DE 58, 50 ANOS

Em pé: Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar
Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e Mário Américo (massagista)

RENOIR


FRANK ZAPPA


Frank Vincent Zappa (21 de Dezembro de 1940, Baltimore, Maryland4 de Dezembro de 1993, Laurel Canyon, Los Angeles, Califórnia) foi um dos músicos e compositores mais prolíficos do século XX. A sua obra musical estende-se desde o rock até à música clássica, passando pelo jazz e música de fusão. É também guitarrista de suprema invenção. Para além da obra musical, realizou filmes e escreveu diversos livros. O seu acervo, com milhares de concertos e gravações que foi fazendo ao longo dos seus quase trinta anos de actividade (Freak Out! (1965) - 1993) permanece ainda parcialmente inédito.
Zappa ficou conhecido como grande sátiro pelas suas composições iconoclastas e foi pioneiro do estilo freak rock, além de ser criador da fusão de jazz e música clássica. Como guitarrista, foi várias vezes, e sem razão, subestimado, deixando, entre variadíssimas outra coisas, um legado fantástico de solos electrizantes. Ele próprio nunca se considerou um instrumentista virtuoso, assumindo-se acima de tudo como compositor.
Em 1964, em Los Angeles, fundou o grupo, Mothers of Invention, a partir dos Soul Giants (antiga banda de bares). O nome devia ter sido apenas Mothers, mas "por necessidade" como explica, e por a editora se recusar a editar um disco cujo nome era evidentemente uma contracção de Motherfuckers(!). Devido ao seu rigor na execução técnica das canções e à não admissão do uso de drogas durante os ensaios e apresentações (ele próprio nunca as consumia), Zappa via mudar frequentemente a composição do grupo. Nos seus espectáculos, combinava música experimental improvisada onde estavam sempre presentes as suas comédias surrealistas e sátiras anárquicas, com adereços especiais e improvisações dramáticas. Entre os músicos que ele lançou estão nomes como Jean-Luc Ponty, Steve Vai, Bob Martin e muitos outros.
Zappa, sempre activista em campanhas e movimentos, chegou a candidatar-se à presidência dos EUA. O projecto foi abortado pela súbita doença que o atacou.
Se a sua personalidade complexa e a sua música, muitas vezes controversa e difícil, fazem com que seja atacado por muitos, é por outros considerado um dos maiores génios musicais de todos os tempos.
Faleceu devido a um cancro na próstata em 4 de Dezembro de 1993.
fonte: Wikipédia