Por Ticiana Vasconcelos Silva
Eu caminho pelo solo que me deu vidaE nele fui agraciada pelo amor divino
Nele me fiei e conheci o infinito
Mas também foi por este caminho que segui um atalho
Em um prelúdio
De uma serenata inebriante e nostálgica
Um passado de luzes e de glória
Que no hoje não mais se contém
Mas se detém
Uma brecha para o destino
Que espreitava na espera de um murmúrio de dor
Volto para o mundo de exatidão e correntezas
E nelas encontro de volta a minha tristeza
Mas faço desta queda a minha destreza
A mesma que me fez luz em uma noite vazia
Eu caminho, mesmo sendo alvo de desconfiança
E que amigos não sejam mais a minha segurança
Pois dobrei o cabo da boa esperança
E fiz das formas e grades o tecido da minha mudança
Para onde vou?
A poesia irá me dizer
Pois nos passos confusos de um ser altivo
Encontrei abrigo e o caminho do amor
Quando estiver lá novamente
Escreverei para lhes falar deste fulgor
Que só vejo quando estou sóbria e translúcida
Como a flor.
FONTE: http://paradoxodoser.blogspot.com.br/2012/05/erro.html
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