por Zé da Silva
Escorpião
Fechou o livro, pulou da cama, abriu a porta, um vento frio entrou, a luz filtrada pela neblina feriu os olhos, um pássaro cantou, a água do lago estava espelhada, as árvores pareciam monstros do bem, gotículas de orvalho eram parte do tapete de grama, ele sentiu uma vontade de cantar, os versos fugiram, começou a andar descalço pelo silêncio, não conseguia pensar em nada além da paisagem, deus existe, tudo era simples e misterioso, uma árvore buquê era de camélias no galho, outras caíram, foi e voltou rápido a algum carnaval do passado, colocou o dedão do pé direito na água, gelo, mergulhou, iemanjá na água doce, saravá! embaixo da água, saiu, tomou banho quente, agasalho cheiroso, pegou o livro, abriu a página, o brilho do rio atrás da casa de alguém era um peixe, ele queria ser Manoel de Barros.
FONTE: http://jornale.com.br/zebeto/2012/11/15/horoscopo-347/
Escorpião
Fechou o livro, pulou da cama, abriu a porta, um vento frio entrou, a luz filtrada pela neblina feriu os olhos, um pássaro cantou, a água do lago estava espelhada, as árvores pareciam monstros do bem, gotículas de orvalho eram parte do tapete de grama, ele sentiu uma vontade de cantar, os versos fugiram, começou a andar descalço pelo silêncio, não conseguia pensar em nada além da paisagem, deus existe, tudo era simples e misterioso, uma árvore buquê era de camélias no galho, outras caíram, foi e voltou rápido a algum carnaval do passado, colocou o dedão do pé direito na água, gelo, mergulhou, iemanjá na água doce, saravá! embaixo da água, saiu, tomou banho quente, agasalho cheiroso, pegou o livro, abriu a página, o brilho do rio atrás da casa de alguém era um peixe, ele queria ser Manoel de Barros.
FONTE: http://jornale.com.br/zebeto/2012/11/15/horoscopo-347/
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