terça-feira, 25 de junho de 2013

CABEÇA DE PEDRA

De olho na testa

Cavalguei na nuvem. Era cinza. Rarefeita. Caí pra cima. 
O sol queimou minha testa. 
Um olho surgiu no meio. Pude ver deus. Ele era disforme. 
Falou como se fosse gente. 
Disse que viver é sofrer. Alegria é para imbecis. 
Mandou voltar. O travesseiro aparou minha queda. 
Alguém cutucou a sola do pé. Hora do trabalho.

CABEÇA DE PEDRA: http://cabecadepedra1.blogspot.com.br/2013/06/de-olho-na-testa.html

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