La chienne (1931)
Jean RenoirMaurice Legrand, humilde funcionário de uma empresa de tecidos, é um homem tímido e sem amigos. Infeliz em seu casamento com Adèle, uma mulher controladora e autoritária, viúva de um herói de guerra, ele encontra alívio na arte de pintar.
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Certo dia, ao ver uma mulher na rua sendo espancada por um homem, ele enfrenta o agressor em defesa da jovem agredida. Ela se chama Lucienne Pelletier, mas é conhecida pelo apelido de Lulu. Na verdade, trata-se de uma prostituta que vive sendo explorada por um cafetão de nome André Govain, mais conhecido como Dédé.
Desconhecendo a vida que ela leva, principalmente que o homem que a agredira é seu cafetão, Legrand logo se apaixona pela jovem. Seu amor é tão grande que ele chega a roubar o patrão para atender aos seus caprichos, sem imaginar que todo o dinheiro que ela consegue arrancar dele acaba nas mãos do cafetão.
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Lulu diz admirar as pinturas de Legrand e, por consequência, ele lhe presenteia com diversas telas. No entanto, persuadida por Dédé, ela consegue vendê-las a um negociante de artes que se impressiona com o trabalho. Ao descobrir o que está realmente acontecendo, o apaixonado Legrand a perdoa.
Algum tempo depois, o primeiro marido da Sra. Legrand, que se acreditava morto no campo de batalha, reaparece. Feliz, Legrand sai de casa para se juntar à Lulu. Ele a encontra nos braços de Dédé, descobrindo toda a verdade sobre a prostituta e o cafetão. No dia seguinte, transtornado, volta a procurá-la e, num acesso de raiva, a mata brutalmente. No entanto, o crime é atribuído a Dédé, que termina condenado e executado.
Legrand torna-se um vagabundo, enquanto seus quadros circulam a altos preços.
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Baseado num romance de Georges de La Fouchardière, “A Cadela” é um excelente filme do grande cineasta francês Jean Renoir, que também co-assina o roteiro. Sua trama gira em torno de um triângulo amoroso marcado por ciúmes e tragédia.
Partindo de um roteiro coeso, Renoir conduz o filme com maestria do início ao fim, mantendo o espectador atento aos mínimos detalhes. Assim, ele mostra por que viria a se tornar um dos grandes expoentes do cinema mundial.
No elenco, Michel Simon está muito bem no papel de Legrand, mas o grande destaque fica por conta de Georges Flamant, no papel do cafetão Dédé.
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