The Fixer (1968)
John Frankenheimer
Passado na Rússia Czarista, na viragem do século 19 para o século 20, e baseado numa história real de um camponês russo judeu, Yakov Bog, que foi preso injustamente pelo crime mais improvável - o ritual assassinato de uma criança em Kiev. Seguimos os detalhes implacáveis da vida do camponês na prisão, e vê-mo-lo ganhar em dignidade as tentativas para humilhá-lo, e fazê-lo confessar o crime que não cometeu.
Muitos dos filmes de Frankenheimer lidam com a luta pela justiça social, e pela compaixão humana, e este é definitivamente um filme que cai nessa categoria. Em "The Fixer", Frankenheimer e o argumentista Dalton Trumbo não perdem tempo para nos atirar com discursos dizendo-nos o que está a acontecer e o que isso quer dizer. A vítima (interpretada com grande sensibilidade por Alan Bates), não é apenas uma figura cristã, como também não se cansa de dizer que o é.
A experiência de Frankenheimer a dirigir muitas das peças da idade de ouro da televisão, como "Playhouse 90", demonstram perfeitamente que ele pode dominar close-ups e melhorar o diálogo. Poucos filmes americanos podem ser corajosos o suficiente para falar de idéias sem ter sempre que recorrer à ação. Já sabemos que Frankenheimer é um especialista em ação, basta lembrar "The Train", ou um filme posterior chamado "Ronin", mas aqui temos de dar-lhe créditos por abraçar um campo diferente, com um enorme sentido de introspecção.
A experiência de Frankenheimer a dirigir muitas das peças da idade de ouro da televisão, como "Playhouse 90", demonstram perfeitamente que ele pode dominar close-ups e melhorar o diálogo. Poucos filmes americanos podem ser corajosos o suficiente para falar de idéias sem ter sempre que recorrer à ação. Já sabemos que Frankenheimer é um especialista em ação, basta lembrar "The Train", ou um filme posterior chamado "Ronin", mas aqui temos de dar-lhe créditos por abraçar um campo diferente, com um enorme sentido de introspecção.
A atmosfera claustrofóbica da prisão é tão intensa que a cena final é uma das mais interessantes da carreira do realizador. Os créditos também vão para Trumbo, por ter criado um herói que não é inteiramente perfeito. Yakov Bok não só traiu a sua herança, trabalhando para os anti-semitas, mas também, como sabemos depois, está de relações cortadas com a sua família.
Um destaque especial para os atores. Alan Bates conseguiu aqui a sua única nomeação para o Óscar de melhor ator, e, no papel de advogado, Dirk Bogarde também está muito bem. Hoje em dia é um filme muito esquecido no tempo, apenas teve uma edição muito rara em DVD.
FONTE:
Nenhum comentário :
Postar um comentário