quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
AMANHÃ
por Ticiana Vasconcelos Silva
O doce olhar repousa sobre o verde que a lua fez da grama
A vida continua como uma linha que de tão contígua
Se mistura ao que se vê e se confunde com o que não se entende
Queria poder emergir das manhãs como uma gota de mel em sua boca
Queria poder me tornar a noite como a cor que se faz do azul no horizonte
Morreria se pudesse corrigir o que é vivo hoje e se perdeu no ontem
Arderia como o núcleo do sol se calasse a dor nos mistérios da fonte
No meio de tudo isso, percebo que o céu nasceu de um deleite afrodisíaco
Onde deuses jogam Tarot para Querubins que se perderam no abismo
Ser humana me traz um alívio de poder ser triste
Sem saber que o amanhã foi contornado pelo o que eu não quis que existisse.
FONTE: http://www.zebeto.com.br/amanha-4/#.VqAC0fkrKUk
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