sábado, 30 de junho de 2012

LANNY GORDIN


 por Felipe Missali do site Cultura Brasil

Dois transistores, quatro resistores e três capacitores foram necessários para colorir a guitarra dos anos 1960 e 1970.
O pedal de fuzz, como a própria fonética sugere, é usado para distorcer o sinal da guitarra antes de chegar ao amplificador, criando um som parecido com um zumbido de abelha.
Lanny Gordin foi responsável por incendiar o “cacho de abelha” na tropicália. Nascido em 1951 em Xangai, na China, filho de um pianista russo com uma polonesa, Alexander Gordin era fã de Hendrix, Cream e Beatles, nomes que souberam usar tão bem esse efeito. Mas Lanny não fez feio: timbrou os arranjos deixando o grupo que acompanhou Gal em A todo vapor tão alto quanto o Big Brother & The Holding Co., de Janis Joplin .
“Mal secreto”, faixa do álbum A todo vapor inicia com uma alusão a Jeff Beck e a seu grande riff presente em “Rice pudding”, do disco Beck-Ola, de 1969.
O maestro Rogério Duprat fez de Lanny o escolhido para suas gravações de arranjos e experimentações de estúdio. Nesta época, o guitarrista era disputado por astros da MPB, como Elis, Tim, Erasmo e Gal.
Além do rock, o jazz também interessa a Lanny. O grupo Brazilian Octopus, do qual Gordin fez parte, flerta com essa linguagem “brazilian jazz” que surgia no Brasil. Integravam o Octopus Hermeto Pascoal e Olmir Stocker que, anos depois, se tornou o guitarrista do Grupo Medusa. Também Hermeto quanto Stocker circulavam pela boate do pai de Lanny, a lendária Stardust, localizada na praça Roosevelt, centro de São Paulo.
Esse gosto pelo jazz foi herdado da discoteca do pai. , Lanny possuía discos dos guitarristas Wes Montgomery e Barney Kessel, além de ser ouvinte de Miles Davis, com a vantagem de receber notícias quentes via Hermeto Pascoal que, nessa época, construía identidade musical e espiritual com o jazzista americano.
Lanny ainda vai para um caminho cheio de groove ao acompanhar Jards Macalé em seu disco de estreia, de 1972. Ali divide o violão com Macalé e se mostra um surpreendente baixista, dando suingue ao trio que conta com Tuti Moreno na bateria.
Após quase 30 anos de ostracismo, e uma rápida passagem pela Aguilar e Banda Performática, nos anos 1980, Lanny finalmente despertou de um período turbulento de medicações, sanatórios e tratamentos pesados contra a esquizofrenia. Inicia algumas parcerias e realiza novas gravações. Destaque para o disco Lanny duos (2007) , que traz  um convidado por faixa. Com uma biografia digna de qualquer rockstar, Lanny avisa:  “Ainda pretendo gravar pelo menos uns dez ou quinze CDs”.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS 2012

PALCO GUADALAJARA

Quinta-feira, 12 de julho
20h30 – Mourinha do Forró
21h30 – Família Gonzaga
22h30 – Elba Ramalho
23h30 – Dominguinhos
00h30 – Projeto Viva Gonzagão

Sexta-feira, 13 de julho
20h30 – Escravo
21h30 – Deolinda
22h30 – Bixiga 70
23h30 – Zélia Duncan
00h30 – Zizi Possi
 
Sábado, 14 de julho
20h30 – Hercinho
21h30 – Orquestra Popular da Bomba do Hemetério
22h30 – Academia da Berlinda
23h30 – Roberta Miranda
00h30 – Alcione

Domingo, 15 de julho
20h30 – La Pietá
21h30 – Neli Lisboa
22h30 – Siba
23h30 – Lira
00h30 – Jorge Vercilo

Segunda-feira, 16 de julho
20h30 – Lucas Notaro e os Corajosos
21h30 – Di Melo e Madeira de Lay
22h30 – Mombojó
23h30 – China
00h30 – Roberta Sá

Terça-feira. 17 de julho
20h30 – Rogério os Cabra
21h30 – Maciel Salu
22h30 – Hebert Lucena
23h30 – Lula Queiroga
00h30 – Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo

Quarta-feira, 18 de julho
20h30 – Karla Rafaella
21h30 – Gerlane Lops
22h30 – Karynna Spinelli
23h30 – Péricles
00h30 – Fundo de Quintal

Quinta-feira, 19 de julho
20h30 – Banda Flash
21h30 – Volver
22h30 – Ortinho
23h30 – Reginaldo Rossi
00h30 – Erasmo Carlos

Sexta-feira, 20 de julho
20h30 – Lux Time
21h30 – Antúlio Madureira
22h30 – Marcelo Jeneci
23h30 – Lenine
00h30 – Milton Nascimento

Sábado. 21 de julho
20h30 – Andréa Amorim
21h30– N´Zambi, Buguinha Dub e convidados
22h30 – Edgard Scandurra
23h30 – Ney Matogrosso
00h30 – Lulu Santos

PALCO POP

Sexta-feira, 13 de julho
18h – Dead Lover´s Twister Heart
19h – Babi Jaques e Os Sicilianos
20h – Daniel Beleza
21h – Dr. Sin

Sábado, 14 de julho
18h – Sonic Júnior
19h – Lucas Santana
20h – Silvério Pessoa
21h – O Pirata (Marco Polo)

Domingo, 15 de julho
18h – Still Living
19h – Sérgio Cassiano
20h – Ska Maria Pastora
21h – Anelis Assumpção

Segunda-feira, 16 de julho
18h – A Nata
19h – Maquinado
20h – Arraial da Pavulagem
21h – Sambê

Terça-feira, 17 de julho
18h – Catarina Dee Jah
19h – Tiê
20h – Caçapa
21h – Junio Barreto

Quarta-feira, 18 de julho
18h – Zé Manoel
19h – Márcia Castro
20h – Alessandra Leão
21h – 5 a Seco

Quinta-feira, 19 de julho
18h – Terreiro Cibernético
19h – Curumin
20h – Renata Rosa
21h – Felipe Cordeiro

Sexta-feira, 20 de julho
18h – PE 5
19h- Ylana Queiroga
20h – La Viajerita
21h – Funk Como Le Gusta

Sábado, 21 de julho
18h – Daniel Peixoto
19h – Rimocrata
20h – Tibério Azul
21h – Cascabulho

PALCO FORRÓ

Sexta-feira, 13 de julho
0h – Zezinho de Garanhuns
00h40 – Família Gonzaga
01h40 – Quinteto Violado
02h40 – Genival Lacerda

Sábado, 14 de julho
0h – Dema do Forró
00h40 – Agostinho do Acordeon
01h40 – Gena de Altinho
02h40 – Oswaldinho

Domingo, 15 de julho
0h – Forró Pesado
00h40 – Valdir Santos
01h40 – Ferrugem e Pandeiro do Mestre

Segunda-feira, 16 de julho
0h – Ronaldo César e a Tropicana
00h40 – Josildo Sá
01h40 – Mazinho de Arcoverde
02h40 – Azulão

Terça-feira, 17 de julho
0h – Nando Azevedo
00h40 – Joãozinho de Exu
01h40 – Clã Brasil
02h40 – Liv Morais
 
Quarta-feira, 18 de julho
0h – Djair Banda
00h40 – João Silva
01h40 – Trio Nordestino
02h40 – Cristina Amaral

Quinta-feira, 19 de julho
0h – Carlos Magano
00h40 – Luciano Magno
01h40 – Beto Hortis
02h40 – Fim de Feira
 
Sexta-feira, 20 de julho
0h – Fogo de Menina
00h40 – Orquestra Forrobodó
01h40 – Petrúcio Amorim
02h40 – Anastácia

PALCO INSTRUMENTAL

Sexta-feira, 13 de julho
17h – Roberto Lima
18h – Camerata Brasilis
19h – Sérgio Ferraz
20h– The Raulis

Sábado, 14 de julho
17h – Marcos Cabral
18h – Trio Baru
19h – Saracotia
20h – Moda de Rock

Domingo, 15 de julho
17h – Fahrenreit
18h – Cacau Arcoverde
19h – Benjamim Taubkin (Trio +1)
20h – Antônio Loureiro

Segunda, 16 de julho
17h – Orlito Blues Jazz Band
18h – Marcelo Monteiro
19h – Jorginho Neto
20h – Alex Madureira

Terça-feira, 17 de julho
17h – Duo Bass
18h – Adelmo Arcoverde
19h – Antônio de Pádua
20h – Camarones Orquestra Guitarrística

Quarta-feira, 18 de julho
17h – Gaimálgama
18h – Rivotril
19h – Chimpanzé Clube Trio
20h – Jaguaribe Carne

Quinta-feira, 19 de julho
17h – O Sam3a
18h – Baobá Stereo Clube
19h – Anjo Gabriel
20h – Sguep Trio

Sexta-feira, 20 de julho
17h – Kleber Blues Band
18h – Henrique Annes
19h – Ademir Araújo e Orquestra

Sábado, 21 de julho
17h – Claudio Lins
18h – Camerata Brasileira
19h – Luiz Brasil e Banda
20h – Roger Canal
20h – Trio 363

PROGRAMAÇÃO COMPLETA :
http://www.boainformacao.com.br/wp-content/uploads/2012/06/FIG-2012-Release-e-Programa%C3%A7%C3%A3o-Completa.pdf

terça-feira, 26 de junho de 2012

RADICAL

Nasceu radical. De pai e mãe. Cresceu radical. Foi de esquerda. Radical. Foi de direita. Radical. Morreu assim. Radicalmente imbecil.

Por Roberto José da Silva 

MAURICE TILLET

O Shrek da vida real
 Maurice Tillet nasceu em1903, era um homem muito inteligente, que falava 14 idiomas, além de ser um exímio poeta e ator.
 Quando chegou à juventude, Maurice começou a desenvolver uma doença rara, chamada acromegalia. Esta doença causa um crescimento exacerbado e incontrolável de partes do corpo. Em pouco tempo, todo o seu corpo se desfigurou de uma maneira muito peculiar.
Na verdade, esta “transformação” afetou profundamente os aspectos psicológicos da personalidade de Tillet, que sofreu os horrores de começar a se transformar de uma maneira grotesca, apesar de por dentro continuar sendo um gentleman super inteligente. Sua forma gerava tanto preconceito que Tillet começou a ser expulso dos lugares que freqüentava e onde antes era bem recebido.
 Não podendo lutar contra a doença, Maurice começou a adaptar-se a ela, adquirindo um rol de comportamentos mais adequados a sua grotesca aparência. Tillet tirou proveito de seu trabalho pregresso como ator. Ele emigrou para os EUA e tornou-se um profissional da Luta livre onde adotou o nome (e comportamento teatral) do “Assutador ogre do ringue”, cuja persona (chamada “o anjo francês do ringue”) adquiriu fama imediata com as platéias.
No ano de 1954, Tillet morreu do coração, aos 51 anos. Um de seus poucos amigos, Bobby Managain, um antigo campeão da luta livre, estava no leito de morte com seu amigo no dia em que ele se foi. Antes que Tillet morresse, Bobby pediu a Tillet se poderia fazer um lifecast ( uma máscara mortuária, uma prática comum até o século XIX e que com o tempo saiu de moda, mantendo-se hoje apenas no campo dos efeitos especiais), Tillet concordou e assim, quando ele morreu, Bobby fez três cópias da cabeça de Tillet em gesso.
 Uma outra réplica da máscara mortuária de Maurice Tillet foi parar no Hall of Fame do York Barbell Building. A réplica de Tillet serviu para mostrar os primórdios das formas da luta livre moderna e do alterofilismo. Foi esta réplica que serviu de modelo para a construção de Shrek. O corpo de Shreck, bem como sua cabeça, foram criados tomando como referência as formas de Tillet.
Uma “Máscara Mortuária” de Maurice Tillet atualmente está no Hall da Fama do Halterofilismo no edifício York Barbell, na Pensilvânia (EUA). Ele está em exibição na seção luta livre que serve para fornecer um vislumbre sobre as origens da musculação competitiva moderna e powerlifting.

Fonte: http://www.supernaturalbrasil.org/?p=8053

sexta-feira, 22 de junho de 2012

SYLVIA SIDNEY

Nascida Sophia Kosow, filha de pai russo e mãe romena que se divorciaram quando tinha cinco anos, Sylvia apegou-se ao padrasto Sigmund Sidney, de quem herdou o sobrenome artístico e que a incentivou a estudar artes dramáticas para combater sua timidez. Estreou no teatro aos quinze anos e depois de várias peças fez seu primeiro filme, Noites da Broadway (Broadway Nights, 1927). Atingiu o estrelato em 1931 com Ruas da Cidade (City Streets), de Rouben Mamoulian. Contratada da Paramount, onde o glamour era reservado, disse ela em entrevista a J. V. Cotton em 1975, "exclusivamente para Marlene Dietrich e Carole Lombard", foram-lhe reservados os papéis de mulher sofredora, sempre às voltas com gangsters.
Dona de dois dos mais tristes olhos de Hollywood, foi "(...) a jovem grávida de Tragédia Americana (An American Tragedy, 1931), uma flor desabrochando nas ruas miseráveis de Nova York em No Turbilhão da Metrópole (Street Scene, 1931) e em Ruas da Cidade, presidiária em Confissões de Uma Presidiária (Confessions of a Co-Ed, 1931) e Almas Cativas (Ladies of the Big House, 1931), sofrida e enganada esposa japonesa em Madame Butterfly (Madame Butterfly, 1932), amante ilícita de figurão grosseiro em Fiel ao Seu Amor (Jennie Gerhardt, 1933) e perseguida pela polícia em A Fugitiva (Mary Burns, Fugitive, 1935), Fúria (Fury, 1936) e Vive-se Só Uma Vez (You Only Live Once, 1937)", disse na mesma ocasião.
No fim da Segunda Guerra Mundial, seu contrato expirou e não foi renovado. Sua presença nas telas começou a rarear e Sylvia ganhou vida nova na televisão, onde fez inúmeros filmes, entre eles AIDS, Aconteceu Comigo (An Early Frost, 1985), que lhe valeu um Golden Globe. Apareceu também em várias séries, como Starsky e Hutch, Playhouse 90, A Ilha da Fantasia, Cidade Nua e Rota 66. Mas ainda teve destacadas atuações no cinema, como coadjuvante, em Lembranças (Summer Wishes, Winter Dreams, 1973), Os Fantasmas Se Divertem (Beetlejuice, 1988) e Romance de Outono (Used People, 1992). 
Setenta anos depois de iniciada, encerrou a carreira em Marte Ataca (Mars Attacks!, 1996).
Sylvia foi protagonista de discussões com diversos diretores com quem trabalhou: Josef von Sternberg, William Wyler, Fritz Lang etc. Sobre este último, disse "sobrevivi a três filmes com ele". De Alfred Hitchcock, que a dirigiu em O Marido Era o Culpado (Sabotage, 1936): "com Hitchcock aprendi a agir como uma marionete e não tentar ser criativa". Atitudes assim contribuiram para que ela fosse cada vez mais deixada de lado por aqueles que davam as cartas na indústria do cinema.
Sylvia casou-se três vezes; todos os seus casamentos resultaram em divócio. Do segundo, com Luther Adler, nasceram seu filho Jacob e sua filha Jody, que ela considerava o tesouro de sua vida. Faleceu vítima de câncer na garganta.


Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 20 de junho de 2012

FOTOS





Fotos de Ricardo Silva

HORÓSCOPO

por Zé da Silva

Libra

Na vastidão da floresta, na correnteza dos rios, na sinfonia de todos os bichos, sob sol, lua, chuva, ele vivia como se recebesse diariamente toda essa força. Dentro e longe estava. E amava ser um ser na composição dos deuses reais e inventados. Um dia acordou com o barulho de máquinas. E no pesadelo foi jogado para debaixo de uma estrutura de concreto gigantesca, obra monumental, maravilha da natureza anunciada, barragem a interromper o nado até então livre de todos os peixes conhecidos e desconhecidos. Vivo ficou. E gritou. Em vão. Condenado à solidão cimentada. Então voltou-se para o coração e mente. E saiu voando para longe, como se fosse o próprio pajé a fumar e se ver saindo do próprio corpo e daquela clausura do progresso. Então achou a tribo das amazonas e entrou para o lado oposto do que restava. Era tudo igual ao que era antes. Da barragem caindo em cima dele.

SOLDA

VÊ TV

SOLDA CÁUSTICO: http://cartunistasolda.com.br/

terça-feira, 19 de junho de 2012

DEVO

[I Can't Get No] Satisfaction (Video)

domingo, 17 de junho de 2012

CHILE 1962

 BRASIL BICAMPEÃO MUNDIAL DE FUTEBOL
Em pé, da esq. para dir.: Djalma Santos, Zito, Gilmar, Zózimo, Nilton Santos e Mauro; agachados: Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo*


Por Roberto José da Silva

Com oito anos de idade o menino sabia que aquele 17 de julho de 1962 tinha sido importante para alma do povo, do seu povo, daquele bairro. Durante os noventa minutos de uma partida de futebol jogada numa país distante, cujos lances chegavam pelas ondas do rádio, algo que ele não entendia, mas achava mágico, as jogadas do escrete canarinho, como lera numa capa da revista Cruzeiro, era descrito jogando bola contra a Tchecoslováquia pela voz de Pedro Luis, na rádio Bandeirantes. Brasil está vazio na tarde de domingo, alguém cantou anos mais tarde. O céu era de um azul anil de hino. E foram três gols contra um. E Mauro Ramos de Oliveira repetiu o gesto de Bellini quatro anos antes, na Suécia. E ali estavam em campo os deuses da primeira conquista mundial, menos o Rei, cuja contusão deixou o país inteiro sob suspense. Será que vai dar sem Ele? Mas havia um outro Rei, o das pernas tortas, o Mané, o Garrincha, o brasileiro mais brasileiro e humilde que já atravessou todos estes campos e era a alegria em forma de drible, era a nossa alegria – e por isso mesmo foi embora soterrado pela doença ainda incompreendida, a da dependência do álcool. Mas esse menino fez aquilo que a gente sempre ouve hoje no clichê clássico de comentaristas, narradores e repórteres esportivos: assumiu para si a responsabilidade. Hummmm. Garrincha saiu da ponta direita, seu território demarcado, para mostrar que era gênio chutando de esquerda, cobrando falta, entrando pelo meio, dando passes, enfim, ele foi o homem que ganhou a Copa do Mundo, para usar outro clichê, como fariam depois Pelé em e Maradona, classificados na categoria gênios da bola como ele. O menino lembra do terceiro gol, que depois viu no videotape da TV Tupi: Zito subindo embaixo do gol para aparar a bola cruzada da esquerda, com a classe que Deus lhe deu. E havia Djalma Santos, Nilton Santos, mestre Didi, o guerreiro Vavá e ele, Zagallo, eterno. No fim do jogo, o menino saiu à rua com sob o barulho dos fogos e viu a cena que jamais esqueceria pelo resto da vida: o céu não estava mais azul, mas multicolorido de balões até onde sua vista alcançava naquela festa que só a bola pode proporcionar a todo um povo.

Fonte: http://jornale.com.br/zebeto/2012/06/17/para-nunca-esquecer-1428/

EROTIC POSTCARDS

 CIRCA 1930





GUSTAV KLIMT

EROTIC DRAWINGS








sábado, 16 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

HORÓSCOPO

por Zé da Silva

Capricórnio

Não tinha pés, mas sim duas pedras de gelo. Nos retângulos dos vidros das janelas o céu era chumbo derretido e manchado. Nuvens? Ouviu alguém rezar e imaginou as contas de um terço entre os dedos. Perdera a noção da idade, mas sabia que tinha caminhado muito. Então veio. O gosto. Pizza e guaraná. Não juntos. Ele era criança pobre que só tomava o refrigerante quando ficava doente. O rótulo estava ali na sua mente. Guaraná Champagne Antárctica. Era o motivo de ele ficar doente e o motivo de sua cura. Mas isso acontecia raramente. Ele acordava, lembrava e aí vinha a febre infernal e a atenção da mãe, porque o pai sempre trabalhando como operário. Bastava o conteúdo de uma garrafa, sorvido aos poucos, devagar, e o sol voltava a brilhar na alma. A pizza era aquela, a única, de uma noite perdida no tempo, no salão grande com uma pequena tv preto e branco pregada no alto de uma parede e onde Cauby cantou para sempre. Mussarela, massa fina, e todos ali na mesa com “roupa de sair”, apesar de o local ser a três quadras, percorridas a pé, pois nunca tiveram um carro. Ele quis os dois juntos. O guaraná e a pizza, porque pai e mãe já tinham partido faz tempo. Pensou e não conseguiu falar. Só olhar de novo para o céu cinza e sentir uma lágrima escorrer do canto do olho direito.

SOLDA

CÁUSTICO
Solda Cáustico: http://cartunistasolda.com.br/

NEIL YOUNG & CRAZY HORSE

Hey Hey, My My (Into The Black) - Live at Farm Aid 2003

MORT KÜNSTLER







terça-feira, 12 de junho de 2012

domingo, 10 de junho de 2012

BUDDY RICH

Bernard "Buddy" Rich (Brooklyn, Nova Iorque, 30 de Setembro de 1917 — Los Angeles, 2 de Abril de 1987) foi um baterista dos Estados Unidos da América do estilo jazz da Era do Swing.
Seu estilo notável era caracterizado por uma incrível velocidade e habilidade mesmo em temas mais complexos, tornando-os claros e precisos.
Desde criança envolvido com o palco, já possuía sua própria banda aos 11 anos de idade, e tocou com inúmeros grupos entre 1937 e 1939, quando juntou-se a banda de Tommy Dorsey.
Serviu com os Marines na segunda guerra, reassumindo seu lugar na orquestra de Dorsey, e paralelamente mantendo seu próprio grupo até 1951.
De 1953 a 1966 tocou com a orquestra de Harry James, quando então formou sua própria big band alcançando renome internacional.
Nos anos 70, dirigiu seu night club em Nova Iorque e tocou com pequenos grupos, além de participar de inúmeras apresentações em TV, concertos e festivais de rock clássico.
E também era conhecido pelo seus fãs pelo seu "humor negro"... Morreu em Los Angeles, Califórnia, dia 2 de abril de 1987.
Muitos músicos, críticos e inclusive a maioria dos bateristas famosos de todo o mundo consideram Buddy Rich o melhor baterista de todos os tempos, sendo visto como uma espécie de ápice revolucionário e definitivo no instrumento.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

FACEBUK


PROFUNDA CLAREZA

Em águas turbulentas
Tuas faces sedentas
Cedem suas formas
Às correntezas lentas 
Profunda clareza


Por Ticiana Vasconcelos Silva

terça-feira, 5 de junho de 2012

HORÓSCOPO

por Zé da Silva

Leão

A moeda caiu do bolso quando tirava a carteira para pagar a conta na padaria. Era minúscula, prateada. Rodou até um canto. Ele foi atrás. Aprendera com os pais a não desperdiçar. Agachou, apanhou e quando ergueu o olhar para se levantar, viu. Num reservado, uma mesa, uma funcionária almoçando, e ele – o prato. Ficou paralisado. Tinha arroz e feijão misturados e, por cima, cobrindo tudo, um enorme bife com queijo derretido. Parecia uma manta. O cheiro da carne inebriou tudo. Ele sentiu o estômago e a alma contraírem. De vontade. Queria aquele prato. Perguntou, para disfarçar, se ali serviam almoço. Não. Mas ele nem ouviu a resposta. Seus olhos estavam grudados no bife assim como o queijo. Enfiou a moeda no bolso e ficou andando por ali, olhando doces, pães, tudo que podia. Sentia uma fisgada quando um pedaço daquela carne era cortada e o garfo levava-o para a boca do felizardo. E este fechava os olhos de prazer ao mastigar aquele presente de Deus. Então, ele fez! E saiu correndo. E na corrida enfiava grandes pedaços do bifão e se sentiu voando entre prédios, carros, pessoas, cachorros que latiam, jardins. Comeu tudo. E com a boca lambuzada se sentou num banco de praça. Estava de bem com a vida. Tinha, finalmente, quebrado a rotina de uma vida sem gosto.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

OS MESTRES DO TEMPO

LES MAÎTRES DU TEMPS -1982 - RÈNE LALOUX

Os Mestres Do Tempo tem sua concepção visual elabora pelo grande quadrinista francês Moebius. 
SINOPSE:
 
O piloto Claude é obrigado a fazer um pouso de emergência no planeta Perdide. Ele fica ferido mas ainda tem tempo para avisar o seu amigo Jaffar o que está acontecendo. Claude manda que seu pequeno filho Piel, com apenas cinco anos, procure refúgio nas montanhas antes que as vespas gigantes que controlam o planeta apareçam. O que se segue é a luta do pequeno menino pela sobrevivência em um planeta estranho.
 “MOEBIUS, como é mais conhecido, nasceu com o nome de Jean Giraud, na França em 1938. Ele iniciou sua carreira em 1955, ilustrando vários números de uma revista de ficção. Suas primeiras histórias em quadrinhos apareceram em muitas revistas francesas. Mais tarde, ele ilustrou “Fort Navajo”, escrito por Charlier. Essa história em quadrinhos de faroeste, mais conhecida depois pelo nome do seu herói, “Blueberry”, rapidamente tornou-se muito popular na França. A obra transformou-se na série que marcou a assinatura de Jean Giraud, que a desenhou por muitos anos. “
 “Em 1975, com o pseudônimo de Moebius, ele foi um dos fundadores da revista Métal Hurlant, onde publicou seus primeiros episódios de Arzach e, mais tarde, “A Garagem Hermética”, dois títulos que sacudiram o mundo das HQs. Nesse mesmo ano, Moebius conheceu Alexandro Jodorowsky, e os dois deram início a uma longa parceria que originou, mais notavelmente, a famosa série “O Incal”. “
 “Na mesma época, Moebius desenvolveu os cenários do filme “Alien”, de Ridley Scott, e desenhou os storyboards para os filmes “Time Masters” de René Laloux, e “Tron”, dos estúdios Disney.”

“Em 1984, Moebius fixou residência nos Estados Unidos. Lá ele fez uma série de coisas, inclusive desenhar um episódio do Surfista Prateado. Ele continuou colaborando com vários cineastas famosos, entre eles James Cameron – com quem trabalhou na produção do filme “O Abismo” – e Ron Howard – onde desenvolveu alguns dos personagens do filme “Willow”.”
 “Ele voltou para a Europa em 1989, onde continuou sua série “Blueberry”, trabalhou nos seus projetos multimídias e criou “The Man from the Ciguri”, a seqüência de “A Garagem Hermética”. Moebius colaborou outra vez com Alexandro Jodorowsky numa mini-série em três partes, “Madwoman of the Sacred Heart”, e num livro de ilustrações eróticas, “Angel Claw”. “
 “Com mais de sessenta obras de ilustração e quadrinhos no seu portfólio, Jean Giraud/Moebius figura, sem a menor sombra de dúvida, entre os maiores criadores de histórias em quadrinhos do mundo inteiro. “