por Roberto & Ricardo José da Silva
O Brasil é um país pobre, atrasado e que se afunda no breu da ignorância a cada dia. Não vamos falar dos nossos políticos, essa raça de usurpadores, ladrões sem um pingo de vergonha ou moral, excetuando um dois que honram os votos que receberam. Vamos falar do nosso povo, esse mesmo, os brasileiros que se acham os reis da cocada e nem sabem o que acontece diante do nariz. A culpa não é de ninguém. A culpa é de cada um que espera do Estado esmolas e que resolvam tudo. A culpa é da falta de vontade de procurar o melhor para si mesmo. A culpa é de quem acha a ignorância uma dádiva e a vagabundagem um estilo de vida. Assim, são explorados e vende-se o que pedem, porque o que conta é a lei do menor esforço. A cultura é a que a Globo enfia goela abaixo nas telenovelas. E quando se fala em algo mais digno, como o cinema, uma arte, o que acontece. Alagoas é um dos estados mais pobres da nação – em todos os sentidos. Se aqui nasceu um Graciliano Ramos, ao mesmo tempo temos uma multidão de analfabetos ou analfabetos funcionais. Só isso pode explicar porque nos cinemas de Maceió e Arapiraca, a grande maioria não tem som original e legendas, mas são dublados. Na segunda maior cidade do Estado o Garden Shopping tem todas suas salas confortáveis ocupadas com filmes estrangeiros cujos atores falam com a voz de personagens de um programa humorístico. É o fim da picada. Claro que isso atende a demanda do público que, ou não sabe ler, ou tem preguiça disso – e o filme que se lasque, porque perde sua originalidade. Há muito tempo já se notava isso quando havia locadoras de DVD, onde a maioria dos filmes era dublado. Agora, os cinemas. Isso é um exemplo ínfimo na grande bagunça em que se transformou nosso país. Como é que a coisa vai endireitar ou seguir um caminho normal? Isso lembra aquela piada da criação da Terra quando Deus fez o Brasil e o livrou de vulcões, maremotos, terremotos, etc, mas explicou: “Mas o povinho que eu vou colocar lá...”
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