por Ticiana Vasconcelos Silva
Poemas soltos de vida e morte
Fui fraca na vida.
Perdi minha confiança em gestos covardes.
Hesitei diante da sorte.
Sonhei com a simplicidade da essência humana.
Deitei-me em camas vazias, sombrias.
Submissa da paixão.
Rainha do amor alheio.
Meu coração é pedra em água fervente.
Meu sangue é nobre. Vem da nobreza da genialidade.
Sou herdeira dos sonhos não alcançados, dos ideais não formulados.
A morte é fascinante.
É o começo daquilo que não terminou.
A vida é seu objeto de desejo. Sua esperança de viver.
A minha é de morrer.
Correr pelos campos escuros do mistério.
Se ainda fosse o que você queria...
Marionete, objeto, manipulada, dissimulada...
Perdi-me disso. Nem isso sou.
Minha moeda é pão.
Minha esmola é penetração.
Perdi a pulsação...
Vivi sem morrer.
Morri sem viver.
Fonte: http://paradoxodoser.blogspot.com/
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