CHANANA OU XANANA
Flor-do guarujá, Turnera,
Albina, ou popularmente conhecida pela cidade de Natal, no Rio Grande do
Norte por Chanana, a Turnera ulmifolia L. é uma planta da América
tropical com potencial ornamental, por suas flores e folhagem atrativas,
que ocorre naturalmente em pastagens, pomares, beira de estradas,
carreadores e terrenos baldios. Apesar de ser rústica e, provavelmente,
exigir tratos culturais simples, ainda não possui informações
suficientes que permitam a definição de técnicas visando o seu cultivo.
Da família Turneraceae com
provável origem da América Tropical, incluindo o nordeste brasileiro, a
Turnera ulmifolia é uma herbácea perene, de 30 a 50 cm de altura, de
florescimento vistoso. Flores branco-amareladas ou amarelas, formadas no
decorrer do ano todo, que se abrem no período da manhã (das 6
horas à aproximadamente 11 horas). Na variedade hortícola “Elegans” as
flores são marrom-arroxeadas na base.
Ela é uma planta que não
tolera geada apesar de sua rusticidade. Popularmente é cultivada a pleno
sol, em jardineiras ou em grandes maciços, mesmo em terra pobre.
Multiplicando-se muito facilmente por estacas e sementes que germinam
espontânea e facilmente, a ponto de ser considerada como planta invasora
de solos cultivados.
Turnera ulmifolia, é
amplamente distribuída desde as Guianas até a região Nordeste do Brasil.
Alguns gêneros são utilizados como antinflamatório, antidepressivo e
calmante, pela produção de substâncias aleloquímicas, que são muito
utilizadas na medicina popular. O estudo e a identificação dos seus
microrganismos endofiticos torna-se importante pelo seu potencial
biotecnológico para aplicação na agricultura e na medicina.
A Turnera ulmifolia,
chanana, foi indicada por Diógenes da Cunha Lima para ser símbolo
poético de Natal. Em seu discurso alusivo ao Dia do Bibliotecário, dia
12 de março, o poeta e homem da lei, apontou os motivos para a
indicação: persistência, resistência, beleza e fortaleza. Assim é a
Chanana. Assim é Natal.
Prof. Dr. Magdi Ahmed Ibrahim Aloufa / Fotos: Ricardo Silva
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