quarta-feira, 30 de novembro de 2011
CITY LIGHTS
Luzes da Cidade - 1931
City Lights (Luzes da Cidade, em português) é um filme mudo de
comédia romântica estadunidense de 1931 estrelado, escrito e dirigido
por Charlie Chaplin. O elenco também conta com a participação de
Virginia Cherrill e Harry Myers. Apesar do fato de que a produção de
filmes mudos tinha diminuído com o avanço do cinema "falado", City
Lights tornou-se imediatamente popular e hoje é lembrado como uma das
maiores realizações da prolífica carreira de Chaplin.
O
enredo gira em torno do Vagabundo, novamente sem dinheiro e sem onde
morar, e de uma jovem e pobre florista cega pela qual ele se apaixona. A
garota o confunde com um milionário e, para não desapontá-la, o
vagabundo finge ser rico.
Posteriormente, ele impede um milionário
bêbado de suicidar-se e, devido ao seu ato heróico, tornam-se grandes
amigos, mas sempre quando o milionário fica sóbrio ele não se lembra
mais do vagabundo nem do que ocorreu enquanto estava bêbado.
O
vagabundo descobre que o aluguel da garota está atrasado e que ela e
sua avó correm o risco de serem despejadas de seu apartamento. Com o
objetivo de conseguir dinheiro para a moça, ele começa a trabalhar como
varredor de ruas e até mesmo como pugilista em uma cômica competição de
boxe.
Eventualmente, o milionário, novamente bêbado, dá mil dólares ao
vagabundo que pagará não só o aluguel, mas também uma operação para os
olhos da garota. Infelizmente, o vagabundo é injustamente acusado de
roubar o dinheiro quando o milionário ficou sóbrio.
O vagabundo consegue
fugir com o dinheiro e, ao dá-lo para a garota, ele diz que irá embora e
que se ausentará durante alguns meses. Logo depois, ele é capturado e
enviado ao presídio.
Vários meses depois, o vagabundo é
libertado da prisão e acaba na mesma esquina onde a moça, agora com a
visão restaurada, abriu uma floricultura com sua avó; cada vez que um
homem rico entra na loja, a menina fica imaginando se ele é o seu
misterioso benfeitor.
Quando o vagabundo vê uma flor na calçada, ele se
abaixa para pegá-la e é chutado por dois garotos jornaleiros. A moça ri
da situação e quando o vagabundo olha para ela e fica paralisado, ela
fala ironicamente para sua avó: "Eu fiz uma conquista." Vendo a flor se
despedaçando na mão do vagabundo, ela lhe oferece uma outra flor e uma
moeda, e ao pegar a mão dele, ela percebe algo familiar. "Você?", diz a
moça, e ele afirma balançando nervosamente a cabeça. Em seguida, ele
pergunta: "Você pode ver agora?" Ela aperta a mão do vagabundo e
responde: "Sim, eu posso ver agora", segurando suas lágrimas e
aparentando estar confusa sobre como se sente naquele momento.
Elenco:
Charlie Chaplin - O Vagabundo
Virginia Cherrill - Florista cega
Florence Lee - Avó da florista cega
Harry Myers - Milionário excêntrico
Al Ernest Garcia - Mordomo do milionário excêntrico (creditado como Allan Garcia)
Hank Mann - Pugilista
Robert Parrish - Garoto jornaleiro
Henry Bergman - Prefeito e vizinho da florista
Albert Austin - Ladrão
Produção:
O
longa-metragem The Circus, lançado em 1928, foi o último filme mudo de
Chaplin antes da indústria cinematográfica evoluir para o cinema
"falado", o que causou o declínio da Era dos filmes mudos. Visto que
Chaplin operava como seu próprio produtor e distribuidor (sendo um dos
proprietários da United Artists), ele foi capaz de conceber City Lights
como um filme mudo. No entanto, tecnicamente, o filme não era totalmente
mudo. Embora o diálogo seja apresentado em letreiros, a trilha sonora
do filme possuia música sincronizada, efeitos sonoros e, no começo do
filme, alguns sons ininteligíveis que zombavam padrões de fala.
Como
cineasta, Chaplin era conhecido por ser perfeccionista; ele era famoso
por gravar muito mais tomadas do que outros diretores da época. Ele
chegou ao ponto de despedir Virginia Cherrill e começar a refilmar com
Georgia Hale, a coadjuvante de Chaplin em The Gold Rush. Isto tornou-se
muito caro, mesmo para o seu orçamento e, assim, Chaplin re-contratou
Cherrill e foi capaz de concluir as filmagens de City Lights.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
CINE CENA
O Abominável Doutor Phibes (Robert Fuest, 1971)
DR. PHIBES & VULNAVIA (VINCENT PRICE e VIRGINIA NORTH)
domingo, 27 de novembro de 2011
HORÓSCOPO
por Zé da Silva
Leão
A moeda caiu do bolso quando tirava a carteira para pagar a conta na
padaria. Era minúscula, prateada. Rodou até um canto. Ele foi atrás.
Aprendera com os pais a não desperdiçar. Agachou, apanhou e quando
ergueu o olhar para se levantar, viu. Num reservado, uma mesa, uma
funcionária almoçando, e ele – o prato. Ficou paralisado. Tinha arroz e
feijão misturados e, por cima, cobrindo tudo, um enorme bife com queijo
derretido. Parecia uma manta. O cheiro da carne inebriou tudo. Ele
sentiu o estômago e a alma contraírem. De vontade. Queria aquele prato.
Perguntou, para disfarçar, se ali serviam almoço. Não. Mas ele nem ouviu
a resposta. Seus olhos estavam grudados no bife assim como o queijo.
Enfiou a moeda no bolso e ficou andando por ali, olhando doces, pães,
tudo que podia. Sentia uma fisgada quando um pedaço daquela carne era
cortada e o garfo levava-o para a boca do felizardo. E este fechava os
olhos de prazer ao mastigar aquele presente de Deus. Então, ele fez! E
saiu correndo. E na corrida enfiava grandes pedaços do bifão e se sentiu
voando entre prédios, carros, pessoas, cachorros que latiam, jardins.
Comeu tudo. E com a boca lambuzada se sentou num banco de praça. Estava
de bem com a vida. Tinha, finalmente, quebrado a rotina de uma vida sem
gosto.
Fonte: http://jornale.com.br/zebeto/
Fonte: http://jornale.com.br/zebeto/