JANIS JOPLIN
Por ROBERTO JOSÉ DA SILVA
Sua voz rascante paira sobre a beleza de Búzios, onde esteve derrubando
garrafas de vodka na procura natural de uma alma atormentada pela
energia dos vinte e poucos anos. Você gritou de Woodstock, o mundo te
ouviu, mas não havia salvação, porque assim estava escrito. A branca
mais negra da história do blues. Um uivo gritado aos céus e um acalanto a
embalar nós, simples e mortais ouvintes. Um rosto cheio de marcas e as
roupas coloridas e soltas como sua independência dependente. Aos 27 foi
embora na carruagem que não era uma Mercedes Bens. Nos deixou o que
importa. A capacidade do grito para o lamento, a revolta. O veludo da
voz para se declarar. E a vontade de viver, mesmo sabendo que para
morrer.
Fonte: http://jornale.com.br/zebeto/
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