por Zé da Silva
Capricórnio
A rolha voou. Fez-se o silêncio. No Universo. Ele foi junto. Na
rolha/nave. Bem que sentiu tristeza pura nas horas que antecederam. Os
sinos tocaram. Meia-noite. Uma mesa farta. Mas sem Cristo. Por Deus! No
primeiro abraço o perfume lhe lembrou Pelé. A imagem e a música. Disse
love, love, love. Onde estão todos? Perguntou sem sabem nem onde estava
ele. Desde que nasceu. Seria isso mesmo? A aventura. Na Terra. Olha ela
lá longe. Continua azul. Bilhões de pontos amarelos. Em cada casa
quantos corações? Alegria, miséria e, o pior, conformismo. Nas festas.
Nas vidas nascendo. Nas mortes espetadas pelos ponteiros de relógios.
Meia-noite. Viva o ano! Viva tudo! Viva o Chico barrigudo! A nave faz a
curva. Não há vento. De volta. A poltrona tem um pequeno rasgo. Ele
olha. Vê um olho. É verde como o dele. Uma piscadela. Ele suspira.
Alguém diz eu te amo no ouvido. Uma felicidade invade. Logo mais o sol
vai nascer.
Fonte: http://jornale.com.br/zebeto/
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