terça-feira, 13 de dezembro de 2011

JACINTO SILVA

SINCOPANDO O COCO



































Parece que foi ontem, mas já se passam 10 anos desde a morte do incomparável Jacinto Silva, um dos dos artistas mais representativos surgidos no nordeste na segunda metade do século passado. Sua marca registrada foi o coco-de-roda do qual seu maior mestre foi Jackson do Pandeiro. 
 Jacinto Silva e Jackson do Pandeiro

Jacinto nasceu no município de Palmeira dos Índios (AL) e aos 11 anos já enveredava para a música, porém só veio gravar seu primeiro disco 20 anos depois, quando em 1962 na extinta gravadora Mocambo gravou o baião intitulado "Justiça divina", autoria de Onildo Almeida e a moda de roda "Bambuê bambuá", de Joaquim Augusto e Luiz Plácido. Ainda em 62 Ari Lobo grava "Moça de hoje, parceria de Jacinto com Ari Lobo gravado na RCA Victor
Em 1963, na mesma gravadora gravou de sua autoria o coco "Coco trocado" e de Onildo Almeida, a moda de roda "Chora bananeira". No mesmo período, registrou de Genival Lacerda e Antônio Clemente, o rojão "Carreiro novo".
Em 1964 gravou dois dos últimos 78 rotações da série 15.000 da Mocambo com a moda de roda "Aquela rosa", de sua autoria e o coco "Na base do tamanco", parceria com José Maurício. Na ocasião, os discos foram divididos com Toinho da sanfona, que gravou no lado B. Em 1966 lançou o LP "Cantando", pela gravadora CBS.
Em 1973 participou do disco "Forró na palhoça" lançado pela CBS no qual interpretou "Tarrabufado", de sua autoria e Isabel Biluca e "Flor de croatá", de João Silva e Raimundo Evangelista. Em 1974 lançou pelo selo Tropicana-Cantagalo o LP "Eu chego lá", que na época recebeu calorosa crítica do jornalista José Ramos Tinhorão, que a respeito do disco afirmou: "... desfilam toadas agalopadas como "Flor de Croatá", cocos como "Coco do pandeiro", mazurcas nordestinas como "Eu chego já", baiões de ritmo acelerado como "Tentar esquecer", sambas-baiões como "Concurso de voz", gêneros desconhecidos como mineiro-pau: uma estranha mistura que lembra ao mesmo tempo o ritmo do calango e, mais longinquamente, dos sambas de partido alto cariocas." 
 Em 1978, teve o baião "Abôio de vaqueiro", com Zé Cacau, gravado pelo trio de forró Os Três do Nordeste no LP "Forró do poeirão".



































Em 2000 lançou pela Manguenitude o CD "Só não dança quem não quer", produzido por Zé da Flauta, com participações especiais de Chico César, Vange Milliet, Mestre Ambrósio, Marcos Suzano, Toninho Ferraguti e Bocato. Destacaram-se no disco, "Fumando mais Tonha", "Coco trocado", "Chora bananeira" e "Aboio de vaqueiro". Ao longo da carreira gravou 24 LPs e dois CDs.

Fontes: http://musicariabrasil.blogspot.com/2011/03/10-anos-sem-jacinto-silva.html
             http://forroalagoano.com/?cat=52 (download)

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