quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SER OU NÂO SER

Por Ticiana Vasconcelos Silva

Eu que não sou

Eu nasci com uma grande inspiração
Um sopro vital em meu coração
Que ruge nas noites escuras e frias
E corre em minhas veias macias

Envolvo-me nesta doce sangria
Desatada e desarmada pela forma do dia
Revelando o grau dos sonhos em demasia
Abrindo as portas do templo de Maria

Socorro-me em sua doce melodia
E me embriago de verso e poesia
Perco a forma e dissolvo-me vazia
De sopro, de gozo, de Eco e de agonia

Sorrio com esta alegria
Pura e nobre como a seda da India
Elevo-me aos corredores de Ilíada
Paro e vejo aquele que me guia

Faço e não ajo
Rio e não sinto
Vejo e penetro-me
Na luz de tudo que ia.


Fonte: http://paradoxodoser.blogspot.com/2010_09_01_archive.html

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